últimos: comédia musical em dois atos:
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últimos: comédia musical em dois atos –
Um tento de concisão poética, objetividade política e apelo ético que se reitera ao longo da peça. Pois o tema é pura brasa e inédito, ao que eu saiba: a odisséia dos sem-teto que pululam nas periferias e nos morros de nossas metrópoles. Muitos deles, herdeiros dos Severinos de João Cabral. Síntese do sofrimento não só nordestino mas de todos os seres atados à servidão do campo, às secas eternizadas, ao êxodo forçado, razão primeira do inchaço das periferias urbanas. […] Fernando Marques engaja-se no compromisso que o teatro de todos os tempos assumiu com a ética, e acrescenta às suas criaturas acentos reivindicatórios, ausentes nos desvalidos de Plínio Marcos, mas presentes na obra de Büchner. […] Existe uma alienação generalizada, como ‘ar que se respira’, em relação a valores, crenças e certezas. A ela Fernando Marques contrapõe palavras que são rajadas certeiras visando alvos específicos: contra os políticos sua verve é implacável e impagável; contra a pretensa liberdade de imprensa, é corajosa; contra a indiferença crônica dos ricos e poderosos, é indignada. A exegese de Últimos justificaria um tratado filosófico/político/ sociológico/estético e não um simples prefácio.’
Especificação: últimos: comédia musical em dois atos:
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