Trajetórias do romance: circulação, leitura e escrita nos séculos XVIII e XIX
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Trajetórias do romance – circulação, leitura e escrita nos séculos XVIII e XIX
“Este livro trata de um tempo em que romances eram cobiçados e perseguidos, em que eles pareciam ter se espalhado por todos os lugares, tomando conta de bibliotecas, livrarias e jornais, em que se liam romances para devanear e para pensar em questões políticas e filosóficas, um tempo em que ser autor de romances dava algum dinheiro, mas não muito prestígio. É para esse tempo e para esses temas que se convida o leitor.”
O romance moderno surgiu na Europa do século XVIII como um gênero bastardo, sem tradição nem contornos bem definidos. Numa época em que ainda vigorava a estética neoclássica e em que a preceptiva estabelecida pelos retores orientava a escrita e os juízos críticos, a falta de estirpe do recém-chegado à cena literária lhe angariou preconceitos e exigiu dos romancistas um grande esforço para justificá-lo e conferir-lhe respeitabilidade. Sua ascensão e seu processo de formação foram marcados, dessa maneira, por uma intensa discussão travada em prefácios, cartas, resenhas e artigos a respeito de sua natureza, seus fins e escopo. Ao mesmo tempo, por não exigir de seus leitores conhecimento especializado e por debruçar-se sobre a vida cotidiana dos homens comuns e tratar dos problemas que lhes eram próximos e caros, o romance logo ganhou impressionante popularidade, tornando-se uma espécie de porta-voz da nova sociedade que se formava sobre as ruínas do mundo feudal.
Especificação: Trajetórias do romance: circulação, leitura e escrita nos séculos XVIII e XIX
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