TPM: tensão, paixão e mal-estar: a subjetivação de uma mulher em tensão pré-menstrual

TPM – tensão, paixão e mal-estar: a subjetivação de uma mulher em tensão pré-menstrual

Eis que, num dado momento, um sujeito toma lugar como analisante no discurso do analista. É o que ocorre após o percurso de uma análise, quando ele volta ao discurso da histérica em posição de agente, mas agora como analisante na psicanálise em extensão. Segundo Phillipe Julien, esta passagem pode ser escrita assim: Da intensão à extensão, definindo essa diagonal como um passe: uma mudança de lugar da psicanálise: da intensão no discurso do analista à extensão no discurso da histérica. É disso que se trata neste trabalho da psicanalista Juçara R. S. Mapurunga, que, ao realizá-lo, torna-se passadora do novo que lhe “causou” na sua experiência do insconsciente, como analista e como analisante. TPM – Tensão, paixão e mal-estar: a subjetivação de uma mulher em tensão pré-menstrual é um trabalho original, fruto de um longo tempo de escuta clínica e articulações teóricas, sobre um tema muito pouco abordado pelos psicanalistas, sendo aqui tomado pela autora como uma das novas formas clínicas e expressão do sofrimento psíquico do sujeito contemporâneo que também é mulher, atingindo-o em sua problemática do feminino, e de um corpo em processo de constituição subjetiva. Através do estudo de um caso clínico utilizado como recurso para pensar a questão do corpo como instrumento capaz de produzir efeitos de subjetivação, a autora trás algumas questões que ao longo do texto tentará responder.