“Tenho os olhos em cintilas”: Henriqueta Lisboa pela crítica contemporânea
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“Tenho os olhos em cintilas” – Henriqueta Lisboa pela crítica contemporânea
Henriqueta Lisboa (1901-1985) pertence a uma geração de escritoras reveladas na década de 1930 no Brasil. Assim como suas contemporâneas, conheceu a glória por ter desbravado um lugar antes pouco acessível à mulher – o de poeta consagrada, ensaísta e crítica –, mas não escaparia de sofrer com um velado preconceito de gênero. Pertencente à segunda geração modernista, manteve-se firme na defesa de seus poemas de feição neossimbolista e teve que conviver com a recorrente assimilação de sua poesia com os atributos tidos como “femininos”, de fragilidade e delicadeza.
Por outro lado, foi distinguida com o prêmio Olavo Bilac de Poesia da Academia Brasileira de Letras, em 1929, e a primeira mulher eleita para a Academia Mineira de Letras, em 1963. A poesia era considerada por ela uma vocação, sua verdadeira “profissão de fé”. Todavia, para se pensar o legado da escritora é necessário refletir sobre a sua trajetória não apenas como poeta, mas também como ensaísta, tradutora, missivista e professora, papéis obliterados ou esquecidos pela crítica por décadas. É com o intuito de trazer a público esses estudos que reunimos, neste volume, o que há de mais recente na crítica sobre a extensa e multifacetada obra de Henriqueta Lisboa.
Sobre a autora: Agnes Rissardo é doutora em Literatura Brasileira pela UFRJ (2011) e suas pesquisas se voltam para as relações entre jornalismo e literatura. Com pós-doutorado em Letras (Uerj), estuda a crítica literária de autoria feminina no Brasil. Atua como jornalista na Diretoria de Comunicação Social da Uerj.
Especificação: “Tenho os olhos em cintilas”: Henriqueta Lisboa pela crítica contemporânea
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