Talvez nunca mais um país:
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Talvez nunca mais um país –
No futuro, os sonhos estão velhos e talvez nunca mais um país, ou partidos políticos, eleições, discursos em praça pública, patriotismo etc. Entre lembranças e a vida em um mundo sem democracia, Miguel contará um pouco do muito a contar.
Da turma do colégio, os sete amigos: Zarolha, Tangerina, Espinhela Caída, Dumbo, Zé Ruela, Medo e… um homem envelhecido (o narrador) — ex-ráquer, atualmente colecionador e catalogador de objetos artísticos, apaixonado por rock ‘n’ roll e cervejas contrabandeadas dos setores ingovernáveis — envelhece perdendo espírito de luta e vontade de ser algo mais, no marasmo à beira do mar, na famosíssima praia de Copacabana (o sete), onde, diga-se de passagem, moram mais robôs e androides do que cidadãos.
Lembranças dos avós, da época da escola, das amantes, e há uma Mariana, a qual queria levar para casa um mini-hipo… As ratazanas, gigantescas, devoram os corpos largados nas ruas… Dois vírus criaram a nova idade histórica, o primeiro consumiu as reservas de petróleo — há inúmeros cemitérios de ferro no mundo e prolongadores de vida —, o segundo deixou à beira da extinção a humanidade.
No setor 7, antiga Copacabana, este senhor sofre a falta de ideais e vontades, posto que rejuvenescido artificialmente, e tem saudade da esposa, avós, amigos… Ele, cercado por cercas limitadoras que bloqueiam a entrada de indesejados, não tem muito mais o que fazer, além de invadir apartamentos abandonados atrás de relíquias, caminhar na areia com as porcas da senhora Borrêia e conversar com os pivetes na carcaça. Tudo isso mudará um dia, por culpa da inveja alheia, por culpa de uma nova vontade de ser melhor, algo indesejável pelo governo autoritário.
Especificação: Talvez nunca mais um país:
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