Três porquinhos brasileiros:
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Três porquinhos brasileiros –
Três porquinhos brasileiros, adaptação do clássico infantil feita pelo escritor Luiz Antonio Simas, com ilustrações de Bozó Bacamarte, se passa entre o sertão e a mata. Narrada em versos, nesta versão que segue a tradição da literatura de cordel, Cícero adora tocar viola e seu irmão Heitor é o mestre da folia. Já o engenheiro Prático não quer saber de nada que não seja trabalhar, trabalhar, trabalhar. Aqui, quem ameaça os porquinhos não é um lobo mau, mas a onça pintada.
Se no clássico original, a moral da história tem o intuito de ensinar às crianças o valor do trabalho e da perseverança, no cordel de Simas, a lição é o poder da alegria, do afeto e da fé na festa. Assim como nas tradições populares, é no aspecto coletivo das celebrações que está a força transformadora e a cura para as adversidades.
As ilustrações do artista pernambucano Bozó Bacamarte são inspiradas nas xilogravuras típicas da literatura de cordel e pela cultura do nordeste brasileiro.
Sobre o autor
Luiz Antonio Simas é carioca, filho e neto de pernambucanos e alagoanas. Professor de História do ensino básico, educador popular, escritor, poeta e compositor, tem diversos livros publicados e recebeu o Prêmio Jabuti de Livro do Ano de 2016, em parceria com Nei Lopes, pelo Dicionário da história social do samba. Foi finalista do mesmo prêmio em três outras ocasiões. Suas canções foram gravadas por artistas como Maria Rita, Marcelo D2, Criolo e Fabiana Cozza. Pesquisador das culturas populares das ruas do Brasil, gosta especialmente dos folguedos festeiros e escreve sobre eles: carnavais, folias de reis, congadas, cortejos, quermesses, maracatus, cirandas, afoxés, brincadeiras de roda, bailes de rua, campeonatos de pipas e diversas outras maneiras que o povo brasileiro encontrou para inventar coletivamente a vida. Há doze anos dá aulas nas ruas e, nessas ocasiões, invariavelmente aprende mais do que ensina.
Sobre o ilustrador
Daniel Ferreira da Silva, mais conhecido como Bozó Bacamarte, é pernambucano nascido em Olinda. O artista iniciou sua carreira nas ruas da cidade histórica e também do Recife utilizando-se do grafite como meio de expressão. Bozó buscou no seu próprio cotidiano o repertório iconográfico necessário para nortear todo o seu trabalho como artista. Seguindo esse eixo, encontrou na xilogravura popular uma forma de identidade visual que atendia os seus anseios de comunicação rápida com as pessoas. O povo nordestino, com suas expressões visuais, seu comportamento, suas histórias, crenças superstições, além do humor e do surrealismo, é tema recorrente no trabalho do artista, que pinta um universo encantado, humorado e delirante. As telas insólitas de Bozó apresentam paisagens agrestes, chaves para outro mundo, povoadas por seres insólitos, figuras equilibristas, contorcionistas, saltitantes, híbridos de animais, brinquedos, gente e entidades.
Especificação: Três porquinhos brasileiros:
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