Solo és mãe gentil:
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Solo és mãe gentil:
Após a morte da mãe, uma família se reúne para uma comemoração de Natal, mas o macabro e o insólito penetram na trama envolvente deste conto inédito de Santiago Nazarian Nossa mãe morreu. Seria o primeiro Natal que passaríamos sem ela. Nós, os três filhos e meu pai. Decidimos que não havia o que comemorar. Passei a véspera só com meus filhos e meu marido. Fizemos uma ceia modesta, devido aos tempos, ao luto. Descongelei um frango geneticamente modificado, que havia comprado para o velório, ficou para a ceia. Preparei batatas assadas, cogumelos salteados, o arroz com passas me pareceu moscas varejeiras; acabei catando de volta as uvas, uma a uma. Na mesa, meu filho mais velho encheu a boca com aquela carne de peito desproporcional, mostrou a massa mastigada ao irmão, meu caçula vegano. “Mããããe, o Dinho tá fazendo nojeira.” Dei um tapinha na mão do menino, só para reforçar os bons modos. Queria mais é que eles se divertissem com a comida. No fundo, incomodava-me que meu filho mais novo nunca demonstrasse prazer em comer, minha impossibilidade de lhe fazer um agrado, mesmo na véspera de Natal. Ele espetava preguiçoso as batatas, mordiscava o arroz. “Não quer provar nem os cogumelos?” Esforcei-me para pegar cogumelos, pensando nele. Como iria cumprir minha função de mãe se meu filho não me deixava alimentá-lo? Para quem gosta de narrativas curtas, quer se entreter com uma boa história e descobrir novos autores, a coleção “Contém um Conto” traz sempre o melhor da literatura mundial em tamanhos pequenos. Contos dos mais importantes escritores para você poder ler onde quiser: enquanto pega o ônibus, espera na fila do pão ou durante a pausa do almoço. Tudo com a facilidade e a rapidez do formato digital.
Especificação: Solo és mãe gentil:
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