Sexo e vida em Freud: A sexualidade infantil e o conceito freudiano de ego total
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Sexo e vida em Freud – A sexualidade infantil e o conceito freudiano de ego total
A clínica atual permite concluir que a psicanálise transforma a estrutura mental graças à capacidade do analista, conferida por transferência positiva, de replicar a função materna, de modo a gerar um processo afetivo intersubjetivo em que o analista se identifica empaticamente com o paciente, enquanto este se identifica introjetivamente com o analista. A internalização do novo modelo de relação objetal criado na análise modifica a estrutura mental resultante da introjeção das primeiras relações afetivas. Entretanto, embora a clínica atual pouco tenha a ver com a sexualidade infantil, os procedimentos analíticos têm seguido o paradigma cognitivo da interpretação de desejos sexuais infantis reprimidos, correspondente à chamada metáfora arqueológica. Urge reconhecer a obsolescência desse modelo, cuja substituição tende a favorecer a adoção de procedimentos compatíveis com a nova realidade clínica, sem que os analistas se sintam transgressores de cânones cuja qualidade de cláusula pétrea começou a ser abalada a partir do último quartel do século passado.
Especificação: Sexo e vida em Freud: A sexualidade infantil e o conceito freudiano de ego total
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