Pornocultura: viagem ao fundo da carne
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Pornocultura – viagem ao fundo da carne
A pornografia perdeu a grafia depois da proliferação da cultura digital. Assim virou pornô sem escritura, corpos somente visuais. Mas os autores Claudia Attimonelli e Vincenzo Susca imaginaram um conceito ainda mais adequado ao contexto contemporâneo: Pornocultura. Isto é, a cultura, no sentido antropológico – como estilos de vida, valores, comportamentos, etc. –, envolve sempre mais pessoas, de diferentes origens, territórios, religiões, gêneros, idades, na penetração da carne visual sempre mais profunda. Por isso os porno studies viraram parte constitutiva dos estudos culturais, que enfrentam de maneira radicalmente transdisciplinar aquilo que está modificando as relações complexas entre psicologia-cultura, tecnologia-comunicação, economia-ecologia. Olhar os tabus que ainda ficam no corpo escuro entre sexo-erotismo-pornô – cuja distinção parece cada vez mais difícil – é fundamental para entender e, talvez, modificar o que está virando o termo mais pesquisado na internet junto com teologia. Pornô e teologia: estranha relação… Cada jovem tem acesso agora a imagens que há apenas uma geração eram inconcebíveis. Este texto enfrenta esta mutação cultural que é parte constitutiva desta pesquisa não neutramente orientada, mas que aceita o desafio de viajar ao fundo da carne para descobrir ou revelar tudo aquilo que é escondido e praticado. O pornô virou público, ou melhor, está contribuindo para dissolver o clássico dualismo público-privado que foi constitutivo do sujeito moderno. Aquilo que emerge além disso é claramente perturbador em relação a qualquer comportamento didático ou artístico, amoroso ou literário, que está nascendo na interioridade dos olhos. E o olhar é o método que envolve pesquisadores e leitores numa cumplicidade que não tem limites…(Massimo Canevacci)
Especificação: Pornocultura: viagem ao fundo da carne
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