“Para além” de Freud – “uma cultura do extermínio”?: ensaio de polemologia freudiana
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“Para além” de Freud – “uma cultura do extermínio”? – ensaio de polemologia freudiana
A agitação geopolítica internacional e os conflitos armados que a humanidade vem atravessando há anos proporcionam a ocasião para esta reflexão sobre a teoria de Freud acerca da “Guerra e da Morte”. Baseada no mito da horda primitiva, da morte do pai e da dívida comum, a sociedade, segundo o fundador da psicanálise, está organizada em torno da proibição do assassinato e do incesto. A guerra, ao suspender as proibições, proporciona à pulsão de morte um espaço e um tempo de potência. Freud teoriza assim as bases do que poderíamos chamar de uma cultura do assassinato. Com a Primeira Guerra Mundial, na qual seus filhos estavam engajados, ele percebeu que uma transformação estava se operando por meio da guerra total, industrial e informacional. Permanecendo fundamental e radicalmente enraizada no pensamento freudiano, esta obra visa demonstrar um “para além” de Freud por meio do aparecimento progressivo de uma “cultura do extermínio”, desde a Primeira e a Segunda Guerras Mundiais. Essa cultura encontra sua origem nos grandes textos fundadores dos monoteísmos e vem concretizando-se no decorrer da história ocidental, estando presente também na URSS, China, Cambodja, América do Sul e em diversos países do mundo. A referida cultura do extermínio de modo algum desapareceu com os horrores do século passado. Começamos a ver ressurgir “a besta imunda”, segundo a expressão de Thomas Mann. Os estremecimentos na Europa e no Oriente Médio, aliás, fazem pensar que seu despertar pode estar bem mais próximo do que se imagina. Portanto, é preciso que permaneçamos lúcidos e vigilantes.
Especificação: “Para além” de Freud – “uma cultura do extermínio”?: ensaio de polemologia freudiana
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