O que anima as animações: a pedagogia conservadora do cinema de animação
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O que anima as animações – a pedagogia conservadora do cinema de animação
Aquilo que para os liberais clássicos era um mundo aberto à exploração, ao ponto de não desejarem interferências entre o indivíduo e o universo, tornou-se uma vida planejada, prevista, agendada, não por políticos, mas por publicitários, financistas e conselhos de administração de empresas. Assim, nesse mundo aparentemente livre, mas realmente fechado no limite e na lógica econômica, a realidade termina por ser uma extensão das fantasias, fantasias comerciais, uma vez que essas podem ir revestindo o mundo para criar e satisfazer desejos comuns no interior dessa grande granja humana de consumo e prazer. Tudo isso seria uma festa, o comércio de fantasias substituindo a antiga relação orgânica estabelecida sobre as pretensões de verdade, natureza e Deus, não fosse certa moldura com que se subjuga nossas relações morais e afetivas. Um divulgador importante dessa moldura cognitiva, que se usa de nossos sentimentos morais para constituir-se, é o filme animado produzido pela indústria cinematográfica norte-americana dirigido tanto às crianças quanto aos adultos. Em nosso tempo de intensa guerra cultural, enquanto se acusa e monitora as escolas em nome de uma normalidade conservadora, se negligencia em nome da liberdade de mercado o forte papel pedagógico do cinema produzido como entretenimento publicitário. O objetivo deste livro é tentar expor essa moldura político-discursiva veiculada pelo cinema de animação da maior produtora de sucessos nos últimos anos – a Pixar
Especificação: O que anima as animações: a pedagogia conservadora do cinema de animação
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