O ciclo dos rebeldes: Processos de mercantilização do rap no Rio de Janeiro
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O ciclo dos rebeldes – Processos de mercantilização do rap no Rio de Janeiro
O livro em questão é fruto de um percurso investigativo de longa duração acerca da Cultura do Hip Hop e principalmente do Rap no Estado do Rio de Janeiro, objetivou de forma mais ampla desvelar e revelar as inúmeras contradições que atravessam o campo cultural deste gênero musical, buscando compreendê-lo em seus atravessamentos políticos, econômicos e culturais, sobretudo no que tange à mercantilização da cultura do ponto de vista da economia política do capitalismo contemporâneo. Do ponto de vista de sua fundamentação teórico-metodológica, a dissertação dialoga com o campo dos estudos marxistas, principalmente com a questão da crítica na perspectiva do método de análise dos fenômenos sociais, da totalidade e das contradições presentes no fenômeno estudado, a cultura do HIP HOP e do Rap. Para fins de situar a arquitetura da pesquisa, investigamos a sua história recente da cultura do Rap, o seu crescimento e a sua legitimação na esfera cultural como parte do consumo da juventude, e a sua crescente mercantilização e transformação de sua potência artística de música e cultura de protesto e de rebeldia em produto para o mercado de consumo através de um estilo apaziguador e homogeneizador dos conflitos inerentes à luta de classe presente na sociedade contemporânea. Do ponto de vista metodológico, nos baseamos em entrevistas dialogadas, que procuraram dar fundamentação aos objetivos propostos, ao percurso investigativo e análises conceituais, bem como situar os/as leitores/as das mudanças ocorridas na cena do rap contemporâneo, sobretudo, na passagem do Rap de protesto e do papel do MC de caráter artesanal à genealogia da profissionalização do MC, já presente e adaptado à indústria cultural e mercantilização da rap como produto a ser consumido em todas as esferas da juventude contemporânea. Em nossa pesquisa, como resultado do percurso investigativo, concluímos que a autonomização do rap como um dos elementos do Hip Hop de uma forma geral é um dos resultados da mercantilização da cultura, gerando o afastamento entre os elementos constituintes da cultura do Hip Hop, esvaziando-se também essa cultura dos seus próprios fundamentos políticos e ideológicos adaptando-se às múltiplas esferas do consumo.
Especificação: O ciclo dos rebeldes: Processos de mercantilização do rap no Rio de Janeiro
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