O ano 1000:
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O ano 1000:
Em meio ao frenesi criado com a chegada do ano 2000, a curiosidade torna-se irresistível: como o homem reagiu à primeira passagem de milênio da era cristã? Partindo dessa pergunta, Hilário Franco Júnior realiza neste ensaio um abrangente estudo acerca da sociedade européia de mil anos atrás. O autor foge do dualismo interpretativo comum nos textos sobre a Idade Média e propõe uma leitura mais global da época, numa abordagem que busca reconstituir as expressões de uma “sensibilidade coletiva” medieval.Dez séculos antes, a percepção do tempo era bem diferente, baseada não em uma sociedade científica e competitiva, mas nas especulações teológicas de santo Agostinho, para quem o tempo nasce naquilo que ainda não existe (o futuro), atravessa o que não tem dimensão (o presente) e vai para o que já não existe (o passado).A partir da angústia cristã latente com relação ao Fim dos Tempos, o livro analisa as reações dos diversos setores da sociedade medieval à aproximação do milênio, num período em que a crise generalizada prefigurava a falência de um sistema e a chegada de outro: o feudalismo. O ceticismo clerical, os hereges, as peregrinações, a esperança milenarista no “Reino de Cristo”, todas as principais manifestações surgidas na época são analisadas com seriedade e agudeza, num estilo acessível mesmo para quem não possui familiaridade com o estudo histórico.Mas Hilário Franco Júnior vai além da análise de uma época. Seu ensaio realiza uma reflexão sobre a relação que o homem costuma estabelecer com a passagem do tempo e mostra que um bom caminho para tentar compreender o que significa o ano 2000 é estabelecer o diálogo entre o hoje e o ontem. Inquietos ou esperançosos, a melhor maneira de entrar no terceiro milênio é olhando o espelho da história e, nele, o significativo e complexo ano 1000.
Especificação: O ano 1000:
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