Ninguém morreu naquele outono:
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Ninguém morreu naquele outono –
Neste livro de estreia, a poesia de Manoella Valadares assume seu devir-medusa, na medida em que, como uma água-viva, flutua pelas, às vezes, densas águas do cotidiano. Por esse fluxo, o título emerge em um lugar ambíguo entre a afirmação e a interrogação — a certeza de que ninguém morreu se confunde com a dúvida sobre uma possível morte, ainda não enunciada. Isso não quer dizer, no entanto, que os poemas, em seu conjunto, narrem uma história calcada nessa dualidade. Na realidade, eles mobilizam uma certa teatralidade que elenca e justapõe cenas turvas, quase submarinas, anfíbias, de modo que “Ninguém morreu naquele outono”, tomado em sua totalidade, funcione como um festival de pequenas peças que dialogam sem que uma explique ou elucide a outra. Por essas águas, sempre que algo é dito, em outro movimento, algo se perde; eis aí o nado ondulatório da medusa.
Especificação: Ninguém morreu naquele outono:
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