“Não há revolução sem canções”: utopia revolucionária na Nova Canção Chilena, 1966-1973
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“Não há revolução sem canções” – utopia revolucionária na Nova Canção Chilena, 1966-1973
A Nueva Canción Chilena foi uma das mais importantes manifestações artísticas da segunda metade do século XX. Ela foi a trilha sonora do governo da Unidade Popular liderado por Salvador Allende, encerrado tragicamente, não pela razão, mas pela força de um sangrento golpe de Estado. A partir daí, a Nueva Canción Chilena sobreviveu praticamente no exílio, mais como evocação musical de uma luta perdida do que como o canto de chamada para o futuro libertário. Junto com outros movimentos musicais de nuestra América, como a Nueva Trova cubana e a MPB, conseguiu conciliar, no plano poético e musical, lirismo e engajamento, tradição e inovação, popularidade e sofisticação, política e cultura.
É a partir destas premissas que se desenvolve o trabalho de Natália Ayo Schmiedecke, originalmente uma dissertação de mestrado defendida no Programa de História da Unesp/Franca, orientado pela professora Tânia Garcia, uma das referências do meio acadêmico brasileiro no estudo da canção latino-americana. Mobilizando um conjunto impressionante de fontes primárias que vai de jornais impressos a álbuns fonográficos, Natália analisa como a canção chilena se impregnou dos debates políticos, tornando-se um processo de educação sentimental e cívica de uma geração.
Especificação: “Não há revolução sem canções”: utopia revolucionária na Nova Canção Chilena, 1966-1973
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