Médicos, frades e intelectuais: leitura sobre os sertões do brasil central (1882-1935)
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Médicos, frades e intelectuais: leitura sobre os sertões do brasil central (1882-1935)
Vera Lúcia Caixeta, em seu livro Médicos, Frades, Intelectuais: Leituras Sobre o Brasil Central (1882-1935), apresenta o itinerário percorrido pela elite goiana para redefinir a imagem da região a partir de um empreendimento ousado: o de recusar a leitura feita pelos sanitaristas Belisario Penna e Artur Neiva acerca do péssimo estado sanitário da região. A ousadia se vincula ao ato de dar a conhecer o sertão pela voz da elite local. Assim rejeita-se o olhar hierárquico dos homens de ciência que apressadamente viajaram pelo Norte de Goiás e se puseram a denunciar suas mazelas. […] O que se apresenta na reflexão de Vera Lúcia Caixeta é o detido acompanhamento da ação política dos intelectuais goianos em defesa de uma região esvaziada pelas experiências do passado e saturada pelas expectativas de futuro.[…] Entre as vozes locais, destacavam-se as dos frades dominicanos, então considerados responsáveis pela criação de um “oásis de civilização” em meio à rusticidade da fé sertaneja. […] Noutra perspectiva, Vera Caixeta apresenta o olhar compreensivo que Frei Audrin deitou sobre os sertanejos que conheceu. A compreensão decorre da partilha do vivido, da experiência, não a de viajar, mas sim a de viver no sertão. Frei Audrin se alia ao esforço da elite goiana, com especial zelo pela região Norte, para confrontar a imagem negativa do sertanejo divulgada pelos sanitaristas.
Especificação: Médicos, frades e intelectuais: leitura sobre os sertões do brasil central (1882-1935)
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