Macunaíma:
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Macunaíma:
“Macunaíma – o herói sem nenhum caráter é um marco na história da literatura brasileira. Reproduzindo a segunda publicação da obra pela José Olympio, esta edição atualizada mantém a característica escrita de Mário de Andrade e adapta o clássico projeto gráfico de 1937. Foram muitas as perspectivas utilizadas por Mário de Andrade na construção dessa linguagem singular, pois ele se valeu de sua ampla visão da cultura popular para criar o personagem-título – Macunaíma foi forjado a partir de lendas indígenas e populares, colagens de histórias, mitos e modos de vida que, nele somados, deram existência a um tipo brasileiro ideal. Um ser mágico, debochado e zombeteiro, que viaja pelo país – de Roraima a São Paulo, descendo o rio Araguaia, do Paraná aos pampas, até chegar ao Rio de Janeiro –, acompanhado de seus irmãos, Jiguê e Maanape, numa aventura para recuperar seu amuleto perdido: a muiraquitã. Publicado pela primeira vez em 1928 e custeado pelo autor, Macunaíma teve sua segunda edição lançada pela Livraria José Olympio Editora, em 1937. É esse texto que o leitor e a leitora têm agora em mãos, com atualização ortográfica, preservação do estilo da prosa e projeto editorial que reproduz a arte gráfica de Thomaz Santa Rosa, icônico artista visual responsável pelos livros da editora nos anos 1930 e 1940. A importância de Macunaíma para a cultura brasileira é imensurável. Em 1969, o filme homônimo dirigido por Joaquim Pedro de Andrade trouxe dois protagonistas: Grande Otelo, o Macunaíma negro; e Paulo José, o Macunaíma branco. No Carnaval de 1975, a Portela levou à avenida o samba-enredo Macunaíma – herói de nossa gente, puxado por Silvinho da Portela, Clara Nunes e Candeia. Em 2019, Macunaíma – uma rapsódia musical foi uma das peças mais elogiadas da temporada de teatro. A adaptação foi dirigida por Bia Lessa, com roteiro da escritora e crítica de arte Veronica Stigger, que assina o prefácio desta edição “O Macunaíma é a maior obra nacional. Você precisa ler.” – Oswald De Andrade “Juntamente com o companheiro José, de Carlos Drummond, o anti-herói de Mário passou a ser fi gura de citação obrigatória, adquirindo um prestígio popular que antes só personagens de José de Alencar ou Machado de Assis tinham conseguido.” – Silviano Santiago “Selvagem e civilizadíssimo. Só Mário.” – Darcy Ribeiro “Obras e autores que captam verdades ficam; tornam-se polos de comparação, mesmo nas reflexões miúdas do cotidiano. Macunaíma obra e Macunaíma um herói possível são assim.” – Telê Porto Ancona Lopez “Compreender Macunaíma é sondar ambas as motivações: a de narrar, que é lúdica e estética; a de interpretar, que é histórica e ideológica. São dois projetos que chamam e se interpenetram. […] E a sua combinação será responsável por uma riqueza de formas e signifi cados que ainda hoje desafi a a crítica.” – Alfredo Bosi “Macunaíma é, a um só tempo, singular (não há outro como ele) e múltiplo (está sempre se desdobrando em outros). Nada é estático em seu mundo. Nada está dado de uma vez por todas. Tudo é divertido e diverso.”- Do Prefácio De Veronica Stigger “
Especificação: Macunaíma:
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