Linhas de cura: ensaios sobre rap, negritudes e outras formas de existir
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Linhas de cura – ensaios sobre rap, negritudes e outras formas de existir
O livro Linhas de Cura faz parte do projeto
musical e literário de Negra Jaque, rapper, compositora,
apresentadora e produtora cultural. São
letras de música, algumas pesquisas produzidas
ao longo de seu Mestrado de Arte e Educação
(UFRGS) e poesias feitas em 2022. São vivências
que se cruzam com os diversos projetos e o trabalho
com a palavra, seja ela escrita, falada ou rimada.
Linhas de Cura: rap, negritude e outras formas
de existir é o quarto álbum da artista (que você encontra
no QR Code nesta obra). Livro e EP são um
convite à reflexão “sobre o eu e o nós”, a força de
transgredir e superar desafios.
A cultura hip hop por si só
é protagonista no diálogo com a
juventude. Há 50 anos, influencia
gerações e está presente em vários
campos, entre eles o cultural,
político, econômico e educacional.
Após séculos de violência e
ausência, é fundamentalmente
decisivo que as maiorias minorizadas
sejam narradoras de suas
próprias histórias. Pesquisar sobre
a cultura hip hop, um movimento
prioritariamente negro e
diaspórico, representa o produto
dos saberes emancipatórios iniciados
e orquestrados pelo Movimento
Negro, entendedor da
importância do discurso e de um
potente lugar de fala.
Negra Jaque coordena o Galpão
Cultural – Casa de Hip Hop
em Porto Alegre e atua na rede
nacional Nação Hip Hop Brasil.
“Essa é a arte de operários, criadores
em territórios áridos, do barro
vermelho e da vontade de buscar
um cotidiano melhor.”
Produtora do Bloco das Pretas,
Negra Jaque integra o time de
pesquisadores do primeiro Museu
da Cultura Hip Hop do RS, primeiro
da América Latina. Em Linhas
de Cura, aborda questões que envolvem
ser mulher no Brasil e,
acima de tudo, ser uma mulher
preta. Também, a prática antirracista
encontra no rap um portal de
diálogo para a mudança. “Não se
conformar é a ordem do dia, e de
todos os dias de uma grande parcela
de invisíveis que o Brasil teima
em esconder.”
TRECHO
“Em qualquer lugar
pode crê somos da rua
o rap é gaúcho
e a saga continua
sigo minha métrica
como um soneto
mas a poesia é preta
e vem do gueto
inicia cena
primeiro ato
aqui não são atores
nem atrizes
nesse palco
mesmo que a função
cause impacto
não dá pra esconder
que eu tô aqui
e isso é fato”
Carta aos meus
(Negra Jaque)
Especificação: Linhas de cura: ensaios sobre rap, negritudes e outras formas de existir
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