Limpos de sangue: familiares do Santo Ofício, Inquisição e sociedade em Minas colonial
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Limpos de sangue – familiares do Santo Ofício, Inquisição e sociedade em Minas colonial
O trabalho que agora vem a público aporta um largo conjunto de novidades. Ao mesmo tempo, consolida o conhecimento disponível sobre outros itens, todos indispensáveis ao estudo da Inquisição e dos seus dispositivos institucionais ou de poder nas periferias. O Santo Ofício não os podia dispensar. Em larga medida, da sua organização e eficácia dependia a sobrevivência desta instituição, criada para vigiar e disciplinar comportamentos, tanto na Corte como nos espaços mais recônditos do Portugal metropolitano ou do Império.
A rede de familiares e comissários tornou-se numa parcela essencial dessa disseminação de poder, mesmo quando eram pouco atuantes, como acontecia com os familiares em Minas Gerais. Mesmo assim, pelo capital de status do cargo, contribuíam para difundir o Tribunal no interior do Brasil.
Desde o último quartel de Seiscentos, pelo lugar estruturante da limpeza de sangue nas sociedades ibéricas, o Santo Ofício transformou-se numa instituição de vocação repressiva que atuava também pelo lado da distinção. Por isso revelava-se mais eficaz. Esta última tinha um profundo eco na sociedade do Antigo Regime, marcada pelo privilégio, pela desigualdade e pelo peso esmagador do que era público e notório, como era o grau de limpeza de sangue de cada um na Península Ibérica.
Especificação: Limpos de sangue: familiares do Santo Ofício, Inquisição e sociedade em Minas colonial
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