Geografia da autonomia: a experiência territorial zapatista em Chiapas, México
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Geografia da autonomia – a experiência territorial zapatista em Chiapas, México
eografia da autonomia: a experiência de autonomia territorial zapatista em Chiapas, México tem a enorme virtude de não se tratar apenas de um relato analítico sobre o movimento zapatista, mas de também se aprofundar em como a emergência de novos movimentos indígenas desarticulou a estratégia política institucional de cooptação dos povos originários — em particular no México, mas sempre em um diálogo possível com a realidade latino-americana. E também sugere que o conflito social é crucial para o desenvolvimento da teoria: que ele é tanto a sua base epistemológica quanto a raiz que sustenta o pensamento crítico. Para mim, o aspecto mais interessante deste livro reside na análise da territorialização das autonomias concretizadas por alguns sujeitos coletivos, pois demonstra as notáveis diferenças que essas autonomias carregam com relação às instituições autônomas criadas pelo Estado em outras latitudes. Mas a questão central neste trabalho é o modo como Fábio considera as autonomias. Não se trata de instituições, nem mesmo de instituições dos povos criadas “abaixo e à esquerda”, mas sim de processos longos, de tempos longos, como diria Fernand Braudel, e, por isso, sempre inacabados.
— Raúl Zibechi, no prefácio
Especificação: Geografia da autonomia: a experiência territorial zapatista em Chiapas, México
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