Família e saúde mental: o funcionamento da subjetividade no processo do cuidado:
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Família e saúde mental: o funcionamento da subjetividade no processo do cuidado –
O livro Família e saúde mental: o funcionamento da subjetividade no processo do cuidado tem como proposta gerar inteligibilidade sobre as dinâmicas familiares como sistema subjetivo complexo nas relações de cuidado, simultaneamente, nos níveis individual e social. O tema da saúde mental é amplo e complexo, pois se vincula à transversalidade de saberes, envolvendo indivíduos e sociedades que expressam manifestações religiosas, ideológicas, éticas e morais. Nos últimos 30 anos, o Brasil avançou em políticas públicas, progredindo na promoção de uma atenção à saúde mental mais humanizada, como os Centros de Atenção Psicossocial (Caps). Nesse processo, a família ganhou protagonismo e passou a ser considerada central no cuidado da pessoa em sofrimento, recaindo à relação familiar uma frequente sobrecarga emocional, que, muitas vezes, é expressa pela exaustão de seus membros e por quadros de ansiedade e esgotamento físico e psicológico. Nesse contexto, o intuito desta obra foi compreender os processos subjetivos de usuários de um Caps do Distrito Federal e de seus familiares, relacionados ao cuidado. Enquanto referenciais centrais, foram utilizados a unidade elaborada por González Rey entre Teoria da Subjetividade em uma abordagem histórico-cultural, Epistemologia Qualitativa e metodologia construtivo-interpretativa. O livro é resultado de trabalhos de campo que envolveram o acompanhamento, durante um ano, de um Caps, mais especificamente, de uma oficina terapêutica denominada Grupo de Família e das assembleias do serviço – espaços nos quais participam familiares e usuários. Ainda se abrangeu um estudo de caso com um familiar, com encontros na sua residência e cenários construídos para esse propósito. As evidências mostraram que as configurações subjetivas do cuidado são caracterizadas por conflitos e tensões, que possibilitam tanto a intensificação de processos de sofrimento como novos processos de subjetivação orientados à abertura de novos posicionamentos individuais e sociais. A compreensão desse processo contraditório e singular possui importância central na gênese de estratégias de apoio especializado, proporcionando experiências mobilizadoras de sentidos subjetivos nos serviços de atenção à saúde mental. Assim, no aprofundamento dos processos subjetivos apresentados na obra, foi possível perceber a geração de inteligibilidade sobre processos de cuidado que podem servir como base de sustentação para projetos e estratégias favorecedores de desenvolvimento subjetivo.
Especificação: Família e saúde mental: o funcionamento da subjetividade no processo do cuidado:
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