Ensaios filosófico-literários e o dromedário:
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Ensaios filosófico-literários e o dromedário –
No texto inicial, um miniconto cuja personagem é um dromedário, remete-se aos anos que antecederam à formação intelectual da autora, nele se adivinhando a linha de seu percurso existencial futuro. Os três textos seguintes são dramatizações ficcionais de temas que a ocuparam nos anos posteriores à sua formação. Nestes, a ação se cristaliza em torno de uma ou mais personagens (artistas, filósofos ou amigos em diálogo) como pano de fundo à exposição do tema. No ensaio sobre Giovanni Bellini, para apontar à revolta da luz e dos sentidos na geometria do espaço renascentista; naquele sobre F. W. J. Schelling e C. D. Friedrich, para indicar a guinada impressa na filosofia idealista, quando o solo até aí considerado firme do pensamento abre-se ao caos e ao desatino; na conversa entre amigos, para, evocando teorias acerca da morte e da sobrevivência a ela, esboçar diferenças no acesso de cada conviva ao seu significado. Nos dois ensaios finais, é a filosofia de Arthur Schopenhauer que está em foco: seja para entender o sentido da “negação da vontade de vida” que aí se desenha, e investigar seus ecos na obra maior de Richard Wagner; seja para buscar, na biografia e nos escritos do jovem Arthur, o que poderia tê-lo levado a tornar-se um filósofo. Nesse último ensaio, inspirada por indicações de Rüdiger Safranski, no seu extraordinário Schopenhauer e os anos selvagens da filosofia ela intenta apanhar a vivência limite que fez do filósofo o antecessor de Freud na descoberta da repressão e do Inconsciente.
Especificação: Ensaios filosófico-literários e o dromedário:
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