Ecos da política: os poderes municipais e os habitantes da cidade (Rio de Janeiro, 1892-1092)
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Ecos da política – os poderes municipais e os habitantes da cidade (Rio de Janeiro, 1892-1092)
Nas últimas décadas aumentou em número e qualidade uma diversificada produção historiográfica sobre a Primeira República no Brasil. Uma das características marcantes desses trabalhos é o tom de polêmica assumido, a começar pelo questionamento da designação do período: República Velha. Nesse adjetivo, demarcava-se de forma teleológica um sem-número de características da primeira experiência republicana, especialmente de sua vida político-institucional, toda comprometida pelo fracasso dos procedimentos liberal-democráticos e, em decorrência, dos valores que eles deviam assegurar. Um “nome” que começou a ser sustentado, ainda durante essa experiência, por críticos que ganharam força no pós-30 com a ascensão de projetos autoritários que desprezavam tais práticas, atacando as dinâmicas de representação e participação políticas.
Este livro é, portanto, uma sólida contribuição a esse debate historiográfico. Para confrontar “certezas”, vale-se de rigorosa análise de fontes e estimulantes escolhas conceituais. Seu autor faz uma reflexão sobre a construção da cidadania no Brasil, na medida em que assume a perspectiva dos atores que faziam política naquele momento e lugar: a capital federal nos anos inaugurais da República. Somos levados a compreender os sentidos que esses atores – prefeito, Conselho Municipal e habitantes da cidade – davam às suas ações políticas. Elas eram múltiplas e envolviam demandas, negociações e enfrentamentos, por meio dos quais se evidenciam o estabelecimento de relações entre representantes e representados e, em especial, uma luta por participação política feita por homens e mulheres comuns, que entediam o valor desse canal de vocalização de interesses. Algo que não cessamos de aprender e ensinar. (Texto da orelha por Angela de Castro Gomes – Historiadora – UFF e UNIRIO)
Especificação: Ecos da política: os poderes municipais e os habitantes da cidade (Rio de Janeiro, 1892-1092)
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