Do sublime ao trágico:
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Do sublime ao trágico –
Nas últimas décadas, a quantidade de publicações dedicadas ao debate sobre o sublime demonstra o interesse que o assunto tem despertado, tanto nos críticos de arte e teóricos da literatura quanto nos artistas, filósofos e historiadores da cultura. Uma das principais referências nesse debate é, sem sombra de dúvida, Schiller. As contribuições de Schiller para a estética datam da década de 1790, e foram veiculadas em dois periódicos que organizou nessa época, Neue Thalia e Die Horen. O tema do sublime – ao lado do belo, uma das principais categorias mobilizadas pela tradição moderna com vistas a explicar os fenômenos estéticos – ocupava uma posição central naqueles estudos. Ao discutir o sublime, Schiller buscava uma ferramenta que esclarecesse os princípios constitutivos da experiência trágica, não só para compreender melhor os objetos da estética, mas também para construir fundamentos conceituais mais sólidos para a sua própria produção dramatúrgica. A teoria schilleriana do sublime pode ser avaliada como um ponto culminante no desenvolvimento do tema em função de avanços decisivos em relação às concepções modernas, ligados a uma transposição do sublime da natureza para a arte. A partir desses avanços, quando se considera o desdobramento contemporâneo da discussão, Schiller pode ser avaliado também como ponto de partida, ou como primeira proposta do tipo de reflexão que enxerga na noção de sublime uma chave para compreender a criação artística na atualidade.
Especificação: Do sublime ao trágico:
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