Conversas à mesa:
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Conversas à mesa –
Descrição
Lutero foi um “mestre” do insulto contra todos aqueles de quem ele não gostava e estava muito longe de ter uma linguagem elegante. Difícil achar alguém que mais proferiu vitupérios que ele. Assim poderíamos dizer: Lutero, o vituperador, seria um bom cognome para o herege. Ele foi um prolífico escritor, de modo que a “Edição Weimar”, que reúne todas as suas obras, que foi iniciada em 1883 e concluída em 2009, possui 121 volumes, também é dito que o heresiarca seria autor de 600 títulos, incluindo tudo o que escreveu ou falou.
Entre essas obras está Conversas à mesa, que consiste em uma coleção de pensamentos ditos pelo heresiarca em conversas com seus alunos e colegas. O vituperador discorre sobre sua vida pessoal, sobre a teologia, a Escritura, a política etc. Sabe-se que há edições que retiraram as partes mais inconvenientes, como a inglesa de William Hazlitt.
Entre alguns ditos absurdos presentes neste livro estão: “O Dr. Lutero, falando um dia sobre a adoração ao ídolo Moloch, sugeriu: ‘Esta idolatria, ao meu ver, tinha uma aparência inspiradora, como se fosse uma espécie de adoração mais agradável a Deus do que o serviço comum prescrito por Moisés (…)’” (p. 123).
“O celibato é uma superstição extremamente repugnante…” (p. 83).
Mas, a expressão que dói mais na alma é esta: “Cristo cometeu adultério pela primeira vez com a mulher da fonte, de que nos fala São João” (p. 84).
Martinho Lutero (em alemão: Martin Luther, 1483–1546) foi um monge e mau teólogo (também estaria certo dizer: teólogo mau) que se tornou a figura central do movimento revolucionário religioso e cultural conhecido como Reforma Protestante. Embora os reformadores anteriores – como John Wycliffe e Jan Hus – tenham expressado muitas das opiniões de Lutero, sua personalidade carismática e o uso eficiente da imprensa encorajaram a ampla aceitação de sua visão do cristianismo, infelizmente.
Em 1517, Lutero publicou suas famosas 95 teses, que eram um convite para a desobediência, a desordem e a propaganda ideológica. O documento original, escrito em latim, destinava-se a um público eclesiástico, mas foi traduzido para o alemão por seus amigos e simpatizantes, e graças ao advento da imprensa, eles espalharam as teses por toda a Alemanha (designação geográfica) e para outras nações, iniciando a Reforma Protestante. Nas 95 teses, o heresiarca aborda principalmente sobre a questão das “indulgências”, onde fala um amontoado de bobagens. Depois dele, vieram outros insurgentes como João Calvino, o tirano de Genebra e Henrique VIII, assassino e pai do protestantismo inglês. Mas, a Igreja Católica se defendeu e, em 3 de janeiro de 1521, o papa Leão X excomungou Lutero, e entre 1545 e 1563 aconteceu o Concílio de Trento, que reafirmou as verdades católicas e condenou a Reforma Protestante.
O heresiarca Lutero influenciou negativamente, não somente o campo religioso, mas o filosófico também, podemos citar como exemplos Christian Wolff (1679-1754), Immanuel Kant1 (1724-1804), Schelling (1775-1854), Hegel (1770-1831), entre outros. No pensamento político, sua influência também foi nefasta, dando suporte para nacionalismos toscos e para o absolutismo. Shirer (em sua obra Ascensão e Queda do Terceiro Reich) aponta mesmo influência de Lutero em Hitler. E de fato, além de outras questões, Lutero manifestou um profundo ódio contra os judeus: “atear fogo em suas sinagogas ou escolas” recomendou em seu livro: “Sobre judeus e suas mentiras”.
Propriamente falando sobre sua doutrina, ela se assemelha a ideias esotéricas e gnósticas, Lutero gostava de alquimia e havia dualidade em seu pensamento, por exemplo, quando fala em “fé dialética” (p. 236, deste livro). Ele recebeu influência de Reuchlin (autor de “De Arte Cabbalistica”) e de fato Lutero disse: “fé é a chave da Esperança santa, e a verdadeira cabala” (p. 236, deste livro). O estudioso alemão Theobald Beer publicou um trabalho sobre Lutero (“Der fröhliche Wechsel und Streit”), no qual ele expôs e discorreu sobre as crenças e ensinamentos gnósticos heréticos de Lutero. De fato, Melâncton, um colega muito próximo de Lutero e uma das principais figuras da Reforma Protestante, criticou o reformador alemão por ter “delírio maniqueísta”. Em sua hermenêutica decadente e diabólica, Lutero escreveu: “deve-se conceder ao diabo uma hora de divindade e devo atribuir a maldade a Deus”. Lutero foi absolutamente intolerante com todas as pessoas que não compartilhavam de suas ideias, assim, ele “excomungou” Storch e Münzer, e pregou a guerra contra os camponeses anabatistas, segundo Fedeli (Origens do Romantismo Alemão, primeiro capítulo do livro Elementos Esotéricos e Cabalísticos nas Visões de Anna Katharina Emmerick).
Lutero foi um “mestre” do insulto contra todos os de que ele não gostava e estava muito longe de ter uma linguagem elegante. Difícil achar alguém que mais proferiu vitupérios que ele2. Assim poderíamos dizer: Lutero, o vituperador, seria um bom cognome para o herege. Ele foi um prolífico escritor, de modo que a “Edição Weimar”, que reúne todas as suas obras, que foi iniciada em 1883 e concluída em 2009, possui 121 volumes, também é dito que o heresiarca seria autor de 600 títulos, incluindo tudo o que escreveu ou falou.
Entre essas obras está “Conversas à mesa”, que consiste em uma coleção de pensamentos ditos pelo heresiarca em conversas com seus alunos e colegas. O vituperador discorre sobre sua vida pessoal, sobre a teologia, a Escritura, a política etc. Sabe-se que há edições que retiraram as partes mais inconvenientes, como a inglesa de William Hazlitt.
Entre alguns ditos absurdos presentes neste livro estão: “O Dr. Lutero, falando um dia sobre a adoração ao ídolo Moloch, sugeriu: ‘Esta idolatria, ao meu ver, tinha uma aparência inspiradora, como se fosse uma espécie de adoração mais agradável a Deus do que o serviço comum prescrito por Moisés (…)’” (p. 123).
“O celibato é uma superstição extremamente repugnante…” (p. 83). Mas, a expressão que dói mais na alma é esta:
“Cristo cometeu adultério pela primeira vez com a mulher da fonte, de que nos fala São João” (p. 84).
A editora Flos Carmeli faz muito bem em propiciar ao público brasileiro uma obra como esta, que permite a todos estudar uma das fontes do protestantismo e, quem sabe, ajudar pessoas a abandonar essa horrorosa seita. Trata-se, portanto, de uma importante referência em apologética. Compreender a fúria de Lutero e de onde tirou tanta maldade é difícil, porém, muito mais complicado é entender como alguém pode seguir um vituperador como ele.
Ficha Técnica
ISBN: 978-65-88751-09-1
Páginas: 367
Formato: 16 x 23 cm
Peso: 0,580 kg
Acabamento: Brochura
Idioma: Português
Especificação: Conversas à mesa:
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