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“Brechas no monólito educacional”: classes secundárias experimentais e inovação do ensino secundário nos anos de 1950 e 1960

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“Brechas no monólito educacional” – classes secundárias experimentais e inovação do ensino secundário nos anos de 1950 e 1960

A presente coletânea reflete sobre as classes experimentais tanto em colégios públicos como em educandários confessionais existentes em alguns estados, procurando dar visibilidade a educadores que concorreram para concretizá-las na legislação e nas instituições escolares. Ela apresenta os experimentos do professor Luís Contier no Instituto de Educação Alberto Conte, na década de 1950, após conhecer as classes nouvelles em Paris, o que em boa medida sensibilizou o titular da Diretoria do Ensino Secundário do MEC, o professor Gildásio Amado, que envidou esforçou no sentido de produzir, em 1958, uma legislação que permitia a implantação das classes secundárias experimentais.
No início do ano seguinte, as classes experimentais começaram a ser instaladas em colégios católicos da cidade de São Paulo e, para tanto, contaram com a presença de Pierre Faure para a formação de seus professores. A pedagogia personalizada e comunitária se disseminou em colégios católicos e nessa rede escolar ganhou relevo a liderança do padre Yvon La France. De outra parte, nas escolas públicas, foram apropriadas as classes nouvelles, ensaio inovador no ensino secundário público na França, particularmente no estado de São Paulo, onde se destacou o trabalho da educadora Maria Nilde Mascelani no Instituto de Educação da cidade de Socorro, o qual a catapultou, na década de 1960, à coordenação dos ginásios vocacionais, que foram duramente reprimidos logo após o AI-5. Entre as redes públicas é importante destacar os colégios de aplicação das universidades públicas, criados em 1946 com o intuito de renovar o ensino; eles foram um locus privilegiado das classes experimentais no curso ginasial, ancoradas particularmente em matrizes pedagógicas norte-americanas.
A possibilidade de realizar escolarização diferenciada no ensino secundário foi assumida pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1961, de modo que o recorte temporal privilegiado das classes secundárias experimentais foi de 1959 e 1962 — período de quatro anos do curso ginasial. Enfim, a reflexão histórica sobre as classes secundárias experimentais deste conjunto de textos tem o propósito de lançar luz sobre os atuais anos finais do ensino fundamental e o ensino médio, procurando torná-los mais eficazes e democráticos.

Especificação: “Brechas no monólito educacional”: classes secundárias experimentais e inovação do ensino secundário nos anos de 1950 e 1960

Autor

Formato

BOOK

Editora

ISBN

9786525027654

Ano de Publicação

2022

Número de Páginas

402.0

Dimensões

16.0 x 2.2 x 23.0

Idioma

Português

Edição

1

Encardenação

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