Box Júlia 160 anos: Box Julinto

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Box Júlia 160 anos – Box Julinto

Pela primeira vez, os leitores vão ter acesso a um box com obras inéditas do casal mais influente da literatura brasileira no início do século XX. Júlia Lopes de Almeida e Filinto de Almeida, conhecidos como o casal Julinto, foram os idealizadores e fundadores da Academia Brasileira de Letras.
Pela bela casa onde moravam em Santa Teresa passaram alguns dos nomes mais importantes da literatura brasileira. Seus saraus eram disputados por nomes como Aluízio Azevedo, Machado de Assis, Olavo Bilac, Valentim Magalhães, Artur Azevedo, Lúcio de Mendonça e outros notáveis que foram os primeiros membros da ABL.
Nesse box comemorativo dos 160 anos de nascimento de Júlia você receberá três obras fundamentais do casal: o livro de contos “Ânsia Eterna”, de Júlia Lopes de Almeida, o romance de suspense “A casa Verde”, do casal Julinto, e a homenagem “Dona Júlia”, livro com os poemas reunidos que Filinto escreveu para a sua musa durante os quase 50 anos em que estiveram juntos e publicou numa tiragem limitada apenas para amigos.
Júlia foi a autora mais vendida no Brasil até seu falecimento em 1934 por malária, voltando de uma viagem à África. Sua extensa obra de mais de 40 volumes vendeu milhões de exemplares no começo do século XX, sendo adotada por escolas e comprada por leitores ávidos pela sua próxima novidade. Junto com Coelho Neto, Júlia foi a autora mais vendida do Brasil no começo do século XX. Júlia era admirada e citada por algumas das principais escritoras brasileiras que lhe seguiram, como Cecília Meirelles e Rachel de Queiroz, esta a primeira mulher a ser eleita para a Academia Brasileira de Letras.
Filinto de Almeida nasceu no Porto e foi um dos mais importantes jornalistas brasileiros, além de um grande poeta e dramaturgo. Trabalhou em alguns dos principais órgãos da imprensa da época e foi o diretor mais importante do Jornal Província de São Paulo, hoje conhecido como Estadão. Foi naturalizado brasileiro pelas leis da época, o que lhe permitiu ser o primeiro membro da ABL não nascido no Brasil.
Júlia começou a escrever cedo em Campinas, para onde seu pai, o visconde português Valentim José da Silveira Lopes, se fixou para trabalhar como médico, diagnosticando a febre amarela na cidade. Mudou-se para o Rio de Janeiro em 1893, criando forte polêmica por ter sido o primeiro a diagnosticar a febre amarela na capital do Brasil, à época.
Em Campinas, o pai de Júlia diz que recebeu um convite para escrever uma crítica à uma peça que os dois assistiram juntos, mas que não teria tempo de o fazer, passando a demanda para a filha, que virou a noite escrevendo. Na verdade, era uma brincadeira do pai, mas Júlia se dedicou tanto que o pai acabou levando a crítica ao jornal, que não havia encomendado nada, e a primeira crônica de Júlia foi publicada quando ela ainda tinha 19 anos.
Júlia publicou dezenas de artigos em diversos jornais durante toda a sua carreira, além de mais de 40 livros, material preservado pela família e gentilmente cedido para pesquisa e publicação para a Editora Vermelho Marinho pelo neto da autora, Cláudio Lopes de Almeida, nascido em 1930.
Dentre essas raridades, a Vermelho Marinho oferece aos leitores o box “Júlia 160”, que abre com o livro de contos “Ânsia Eterna”, cotizado com a edição original e com observações da própria autora. Este livro fora do comum aborda temas surpreendentes e infelizmente comuns até hoje, como o feminicídio e violência doméstica, além de histórias insólitas e finais inesperados. Júlia estava à frente de seu tempo. Quem descobre Júlia hoje sente estar lendo uma autora contemporânea. O livro conta com mais de 300 notas explicativas.
O segundo livro é “A Casa Verde”, folhetim escrito pelo casal Julinto a quatro mãos e publicado em folhetins no Jornal do Commercio de 18 de dezembro de 1898 a 16 de março de 1899. Em ritmo ágil e viciante, narra a história de uma sinistra casa em Niterói, habitada por um empresário inglês e sua jovem filha, que é cortejada por dois homens. Um crime irá ocorrer e o leitor ficará preso em cada capítulo tentando desvendar o final surpreendente. Este livro foi considerado por Júlia o seu preferido, tanto por ter sido escrito a quatro mãos com o amor da sua vida, mas também por trazer memórias de uma época muito feliz de sua vida. O livro tem mais de 200 notas e um glossário no final com vocábulos da língua cigana utilizada por alguns personagens do livro.
Fechando o box, temos “Dona Júlia”, livro que Filinto escreveu em homenagem a mulher juntando poemas escritos por décadas, desde a juventude, o casamento, a vida madura e a morte do amor de sua vida, ocorrida de forma precoce em 1934, por causa da malária que ela adquiriu em uma visita à filha Lúcia na África. Filinto fez uma edição limitada apenas para amigos e os herdeiros deram autorização à Editora Vermelho Marinho para republicá-lo. Em versos, Filinto explica porque a obra não seria comercializada:
Não, não são para o público estes gritos,
Estes soluços e lamentações:
O pudor da aflição veda aos aflitos
Que mostrem a alma nua às multidões.

Quando sejam com lágrimas escritos,
Sonetos, elegias ou canções,
Confinem-se nos círculos restritos
Dos íntimos e amigos corações.

A coleção tem apresentação da professora/doutora Anna Faedrich, uma das maiores pesquisadoras da obra de Júlia e da literatura de autoria feminina brasileira. “Ânsia Eterna” tem prefácio da historiadora e professora Gabriela Trevisan, autora de “A Escrita Feminista em Júlia Lopes de Almeida”, “Dona Júlia” tem prefácio do neto da autora, Cláudio Lopes de Almeida, e “A Casa Verde” tem apresentação conjunta da graduanda em letras Nathalia Kimberly e Anna Faedrich, além da crônica “Um Lar de Artistas”, escrita por João do Rio depois de sua visita ao casal na famosa casa de Santa Teresa, onde Júlia diz que “A Casa Verde” é seu livro preferido.
Comemorando os 160 anos de Júlia, é preciso reparar um erro histórico. Júlia Lopes de Almeida, apesar de idealizadora da Academia Brasileira de Letras, não recebeu uma cadeira na casa injustamente, porque a Academia seguia o modelo francês, onde só entravam homens. Filinto brincava que ela que merecia a cadeira dele. Isto é fruto da grande admiração que o casal nutria, e foi interpretado como se Filinto tivesse recebido um prêmio de consolação, ocupando a cadeira que pertenceria à sua mulher. Nada mais injusto. O casal foi o mais importante e talentoso da literatura brasileira no início do século XX. Teriam completado bodas de ouro se Júlia não tivesse morrido. Enquanto Júlia se dividia em cuidar da casa, dos filhos e escrever, Filinto viajava e trabalhava como jornalista nos principais jornais do País, o que não lhe permitia ter uma obra extensa como a da mulher. Mas qualidade não se mede pela quantidade. E os leitores vão descobrir nesta edição comemorativa porque Filinto era um talento à altura da maior escritora da literatura brasileira, considerada por seus contemporâneos a “Machado de Assis de saias”.
Júlia teve uma vida intensa, coroada pelo sucesso em livros de contos, romances, livros infantis, sobre flores, sobre comportamento, além de peças de teatro e crônicas, sendo também abolicionista, feminista e uma mãe dedicada. Descobrir Júlia é voltar no tempo para uma época em que o mundo dominado pelos homens teve que se ajoelhar ao talento da mulher mais importante da literatura brasileira, uma pessoa combativa, mas ao mesmo tempo doce e amorosa, que estava anos à frente do seu tempo, e que era respeitada por todos os seus pares, como podemos ver em fotos onde todos os grandes autores da época cercam Júlia com respeito e admiração.

Especificação: Box Júlia 160 anos: Box Julinto

Autor

Formato

BOOK

Editora

ISBN

9786586082746

Ano de Publicação

2022

Número de Páginas

600.0

Dimensões

14.0 x 4.0 x 21.0

Idioma

Português

Edição

1

Encardenação

Brochura

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