Bololô, vamô ocupar!: processos comunicativos, arranjos e cenas de dissenso da resistência secundarista
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Bololô, vamô ocupar! – processos comunicativos, arranjos e cenas de dissenso da resistência secundarista
Bololô, vamô ocupar! é, antes de tudo, um grito de resistência. Traz como personagens principais os jovens secundaristas que ocuparam as escolas em São Paulo em 2015 e suas experiências, que provocaram cenas de dissenso capazes de fissurar um projeto governamental que realçou as assimetrias e as vulnerabilidades da educação pública brasileira.
Grande aposta teórico-metodológica, o livro faz com que o leitor mergulhe num processo de pesquisa que leva a pesquisadora a se expor, a refletir e a caminhar com essas cenas de ocupação, propondo a construção de uma aproximação entre as noções de cena de dissenso e do método da igualdade (Rancière), dispositivos (Foucault) e arranjos disposicionais (José Luiz Braga).
A proposta do livro parte da reconstrução das cenas de dissenso das ocupações secundaristas, passando pelas análises de seus processos comunicativos, que envolveram a apropriação das redes sociais digitais, as performances nas ruas, a ocupação de espaços públicos, o corpo-câmera, as produções que envolvem a gambiarra, a experiência estética e a articulação dos corpos insurgentes. Além disso, a análise explorou os arranjos disposicionais que produzem as cenas de insurgência, envolvendo o confronto policial e as discussões identitárias de gênero, classe e raça.
É uma rica fonte para o desenvolvimento teórico e metodológico de pesquisas no campo da comunicação, especialmente as que envolvam a exploração de conflitos de poder e a criação de táticas de resistência com base na ação de coletivos, de sujeitos e de grupos em situação de vulnerabilidade, mas fortalecidos pela potência de outro imaginário político; ou, mesmo, pesquisas em torno de veículos de comunicação independentes.
A pesquisa, que foi desenvolvida, de forma não linear, como um processo de bricolagem, permitiu chegar ao entendimento de que o movimento secundarista foi uma das grandes insurgências da segunda década do século 21 e promoveu táticas e métodos de comunicação próprios, que engendram técnicas de si. Bololô, vamô ocupar! mostra que o movimento secundarista é um processo revolucionário em devir, um levante que ainda pulsa nas produções artísticas, na escrita fabuladora e no fazer político de seus principais atores sociais: a juventude.
Especificação: Bololô, vamô ocupar!: processos comunicativos, arranjos e cenas de dissenso da resistência secundarista
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