Amaro Velho Serqueira – Um aspirante a fidalgo no Atlântico português, 1622-1692:
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Amaro Velho Serqueira – Um aspirante a fidalgo no Atlântico português, 1622-1692 –
Conta, um livro escrito no Recife de 1757, que, numa freguesia nas Alagoas, uma velha viúva, após perder três de seus cinco filhos e um genro nas batalhas contra os holandeses, chamou seus dois caçulas e proferiu o seguinte dever:
“A Estevão tiraram hoje a vida [degolado pelos] holandeses. E posto que filhos meus, perdi já três, e um genro, antes vos quero persuadir, que desviar da obrigação precisa aos homens honrados, em uma guerra onde tanto servem a Deus, como a El-Rey, e não menos a Pátria. Pelo que cingi logo espada, e a triste memória do dia, em que a pondes na cinta, esquecendo-vos para a dor, se vos lembre para a vingança, matando, ou sendo mortos, tão esforçadamente, que não degenereis desta Mãe, e daqueles Irmãos”[1].
Com essas palavras, Amaro Velho Serqueira, então com 14 anos de idade, partiu para nunca mais retornar ao seu lar. Porém, dedicaria toda a sua existência, entre Pernambuco, Lisboa, Salvador, Açores, Magreb Otomano, Angola e Paraíba, a sustentar os valores que conheceu na infância: a fidalguia ibérica e a escravidão brasileira.
Especificação: Amaro Velho Serqueira – Um aspirante a fidalgo no Atlântico português, 1622-1692:
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