A marca do vampiro:
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A marca do vampiro –
Na crônica “O Vampiro de Boina na Biblioteca Hipnotizada”, o narrador define a condição, não apenas dele, Fabio Santiago, mas do cronista em geral:
“Neste salão sou miragem. Assisto quase que invisível este desfile de pessoas”.
Neste contexto de pós-verdade, o cronista Fabio Santiago – autodeclarado miragem – escaneia todas as cenas, silêncio e nuances.
E nem poderia ser de outro jeito: informado sobre manifestações distantes, o olhar do artista é atraído pelo que está ao seu redor.
Alagoano, Fabio vive em Curitiba, e a capital do Paraná rege o seu imaginário.
O título do livro não é descuido.
Dalton Trevisan, autor do clássico O vampiro de Curitiba (1965), é recorrente nestas crônicas.
Mas nem só o impactante Trevisan está nas páginas de A Marca do Vampiro: há espaço para o Paulo Leminski, a Feira do Largo da Ordem e mais mistérios de Curitiba.
Outro assombro é a linguagem em prosa deste autor, experiente repórter cinematográfico elogiado por colegas por ser atento e detalhista. Essa informação é mais do que relevante, e pode ajudar a compreender que a crônica do Fabio Santiago também é feita por meio de imagens, portanto, é cinema – transcendental.
Marcio Renato dos Santos
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Fabio Santiago parte da observação de “misterioso homem”, tão similar e a escrever sem parar. Seria ele? Mesmo diante da negativa, o sinal fora forjado: “O vampiro marca a sua vítima” – e a capa do livro.
Tudo pode lhe servir de mote para revelar encantamentos ou driblar os desconsertos do mundo. A sensibilidade do olhar dita sua prosa, carregada de criatividade e a verter poesia – que o moço leva no bolso um poeta, nos sonhos perfumadas palavras, livros e brisas nas retinas, mil e uma referências na memória. Andarilho da bela Curitiba, puxa-me pela mão; deixo-me levar…
Lilia Souza
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Especificação: A marca do vampiro:
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