A invenção dos discos voadores: Guerra Fria, imprensa e ciência no Brasil (1947-1958)

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A invenção dos discos voadores – Guerra Fria, imprensa e ciência no Brasil (1947-1958)

Guerra Fria, imprensa e ciência no Brasil (1947-1958)

Discos voadores e extraterrestres, invariavelmente, atraem a curiosidade da mídia e o desprezo da academia. Na mesma medida em que alimentam inabalável literatura de ficção e intensa produção cinematográfica pautada por teorias conspiratórias, o assunto foi ostracizado por uma ciência dita dominante para o reino de uma cultura popular entendida como alimentada por crédulos ou ignorantes.

Por esta razão é tão bem-vindo este livro, ao reconciliar o controverso tema à pesquisa acadêmica séria e diligente. Fruto de uma dissertação de mestrado, a obra, de escrita leve e envolvente, aborda um tema carregado de preconceitos a partir do lugar do historiador, envolvendo a história cultural e o imaginário social.

Por meio de fontes históricas da grande imprensa, são analisadas as ondas de relatos de discos voadores no Brasil entre 1947 e 1958. Nesse período ainda estava sendo gestada a associação – que hoje parece tão natural – entre discos voadores e visitantes interplanetários.

Ainda que nenhuma prova cabal tenha sido apresentada, esses anos assistiram à consolidação, em termos de imaginário, da ideia de que a Terra estava sendo visitada por extraterrestres.

Entender se tais relatos decorriam em segunda-mão do jornalismo norte-americano ou se eram ondas de “histerismo coletivo” (como se dizia na época) torna-se secundário. O que o trabalho destaca é que muitos relatos confirmavam a ansiedade global em relação às armas nucleares das superpotências da Guerra Fria, a confiança nas maravilhas que a ciência poderia produzir e a percepção de um universo ainda a ser desvendado.

De certo modo, esses medos e maravilhas ainda nos acompanham.
Profa. Dra. Cristina Meneguello, Departamento de História da Unicamp

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Na praia de Copacabana, uma multidão olha para o céu noturno em busca de discos voadores. São paraquedas iluminados em exercício militar. No interior de Minas Gerais, um lavrador alega ter tido contatos sexuais com uma alienígena loira de pelos pubianos vermelhos. No viaduto do Chá, em São Paulo, outro grupo de pescoço para cima tece comentários desencontrados a respeito de uma Terceira Guerra Mundial. Essas e outras histórias, publicadas em jornais e revistas brasileiros há mais de sessenta anos, são analisadas neste livro que reflete sobre os diferentes significados atribuídos à expressão disco voador. Desde 1947, esse termo passou a designar vagamente diferentes objetos e fenômenos aéreos que não são identificados de imediato. A obra destaca, em especial, a participação da imprensa, da comunidade científica nacional e dos militares locais nos debates públicos a respeito desse assunto que até hoje alimenta polêmicas.

Sobre o autor: Rodolpho Gauthier Cardoso dos Santos graduou-se em História pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), onde também obteve seu título de mestre. É doutor em História Social pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, trabalha como professor do IFMG (Instituto Federal Minas Gerais).

Especificação: A invenção dos discos voadores: Guerra Fria, imprensa e ciência no Brasil (1947-1958)

Autor

Formato

BOOK

Editora

ISBN

9788579393402

Ano de Publicação

2015

Número de Páginas

270.0

Dimensões

16.0 x 1.0 x 23.0

Idioma

Português

Edição

1

Encardenação

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