Divina rima: um diálogo com a divina comédia, de dante alighieri
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Divina rima – um diálogo com a divina comédia, de dante alighieri
Meu primeiro contato com A Divina Comédia se deu quando adolescente. Minha professora de História, Dona Giselda, disse que, se eu realmente tivesse interesse na boa literatura, deveria ler a obra-prima de Dante. Tratei logo de adquirir uma tradução em português na Livraria do Globo, no centro de Porto Alegre. A funcionária me confidenciou que poderia conseguir outras duas edições, uma em espanhol e outra em italiano. Seu pai vendia livros usados. E me presenteou com outra edição em português, de José Pedro Xavier Pinheiro, de 1965. Dona Giselda surpreendeu-me dias depois com uma tradução para o francês, da Les Meilleurs Auteurs Classiques, editada pela E. Flammarion, de Paris. Tempos depois, adquiri uma edição de 1858, da Librairie de L. Hachette, com notas introdutórias de Pier Angelo Fiorentino. A dimensão universal deste longo e impressionante poema, escrito por Dante em terza rima, eu só passei a entender depois de ler os comentários de Borges, numa edição em espanhol, da Oceano. Desde então, coleciono edições e também ilustrações da obra. A Divina Comédia atende a todos os gostos – até no tamanho. Numa livraria em Praga, encontrei uma edição em italiano, de 1911, da Ulrico Hoepli, de Milão, com comentários de Raffaello Fornaciari, que cabe na palma de minha mão. Há belíssimas edições, como a recentemente editada pela Unicamp, com as ilustrações de Botticelli. Neste livro, fiz uso da terza rima, como Dante, na esperança de motivar o leitor a mergulhar no texto original. O prazer de escrever sobre A Divina Comédia só foi superado pela oportunidade de conviver mais de perto com Zoravia Bettiol, que elaborou as ilustrações. É difícil descrever quanto aprendi com esta grande artista brasileira. Zoravia exerceu sobre mim um efeito transformador.
Especificação: Divina rima: um diálogo com a divina comédia, de dante alighieri
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