Metamorfose dos mesmos:
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Metamorfose dos mesmos –
A poesia de Néia Gesualdi é dotada de uma singular energia. E parece também movida por essa mesma energia. É esse impulso de base, feminino e jovem, que constitui e expressa a matéria captada nos poemas. Essa energia, insisto, feminina e jovem, institui o olhar do sujeito sobre coisas, objetos, afetos, sentimentos, memórias, família, circunstâncias singelas ou perplexas da infância que se foi ou ainda não se foi de todo, do cotidiano das ruas, das casas, da cidade, e também de intimidades femininas – desnudadas ou veladas -, do ser/estar da mulher no mundo, e metáforas e alumbramentos do amor e da morte.
E a poesia brasileira atual, e algo de sua herança, estão atadas no livro? Às vezes a poesia de Néia Gesualdi revela uma experiência cujo chão e cujo movimento desfazem do mundo e do moderno, feito uma borboleta encantada com as cores das próprias asas. Mas há muito substrato rico e energético perpassando os versos. Creio que Néia Gesualdi publica esta “Metamorfose dos mesmos” – título que em seu paradoxo é revelador do livro – como promessa, prometida e comprometida nos poemas melhor realizados, de um percurso no qual a energia singular, que é forte, há de consolidar uma voz nova e original dentre os muitos poetas nossos de hoje. A poesia brasileira precisa disso e temos índices seguros do que certamente virá.
Sobre a autora: Frinea da Silva Gesualdi é natural de Santa Cruz, Estado do Rio de Janeiro. Fez Jornalismo em Juiz de Fora, onde reside desde 2001. Trabalhou no rádio como locutora, de1991 a 2004. A autora escreveu em 1988 os ensaios teatrais: Rosa humana e Realidade da zona rural. Participou de concursos de poesias, Festivart de Miracema-RJ, em 1988 e Augusto dos Anjos, em 1996 e 2001, em Leopoldina-MG. Publicou textos literários no jornal A Folha em Santo Antônio de Pádua e no jornal Cataguases. Em Cataguases-MG, publicou poemas na jornal Catástrofe e na antologia Poemas ao vento, através do Grupo literário Affonso Romano de Sant’Anna, do qual foi integrante em 2001. No ano de 2003, em Juiz de Fora, participou da criação do jornal literário Di Versos, onde também publicou poemas. Neste mesmo ano, a autora foi uma das vencedoras do “Concurso Poesia no ônibus”, tendo como resultado a publicação do poema “Busca infinita” no livro Poesia no ônibus, lançado pela Funalfa em 2005. Metamorfose dos mesmos é seu primeiro livro publicado.
Especificação: Metamorfose dos mesmos:
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