Das paredes, meu amor, os escravos nos contemplam:
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Das paredes, meu amor, os escravos nos contemplam:
Quando o patriarca de uma importante família da elite carioca é assassinado em sua casa de campo, todos são suspeitos conforme décadas de tensões e ressentimentos sobem à superfície. Um escritor frustrado folheia todos os dias o jornal em busca de uma resenha para seu primeiro livro. Todavia, A porrada na boca risonha e outros contos segue ignorado pela crítica, enquanto Humberto vê o trabalho de seus rivais sendo incensado na imprensa e adorado pelo público. O único alento do escritor é Julia, a garota que conheceu por acaso e que agora o leva para um fim de semana na serra, onde ele irá conhecer sua família. A casa da família de Julia é uma majestosa propriedade da época do Império, um lugar onde há não muito tempo os senhores eram atendidos por seus escravos. Hoje, a casa serve de veraneio para os Damasceno, família paulista que fez fortuna vendendo filtros de água. A casa é a menina dos olhos do patriarca Ricardo, obcecado com sua restauração e com documentos e objetos relativos ao passado do local. Ao longo do fim de semana, as inúmeras tensões entre familiares, funcionários e amantes, acumuladas em anos de ressentimento e desconfiança, irão tomar forma num crime brutal. Valendo-se da tradição do mistério de quarto fechado, em que um personagem é morto em um cômodo trancado por dentro, Ferroni irá partir de um enunciado conhecido – um crime em que todos são suspeitos – para colocar em xeque os clichês do gênero, ao mesmo tempo que constrói um romance de enorme força literária sobre a família, o amor e o medo.
Especificação: Das paredes, meu amor, os escravos nos contemplam:
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