Sindicalismo e serviço social no Brasil: as duas faces de Janus

Sindicalismo e serviço social no Brasil – as duas faces de Janus

O livro Sindicalismo e Serviço Social no Brasil: as duas faces de Janus apresenta o debate da organização sindical dos assistentes sociais no Brasil na contemporaneidade, na perspectiva de compreender a retomada da organização sindical no âmbito do Serviço Social, nos anos 2000, no contexto de reformas sindical e trabalhista, em que se consolida a constituição da Federação Nacional dos Assistentes Sociais (FENAS) e amplia-se o número de sindicatos da categoria. Busca-se com a obra explicitar o que tem motivado a categoria para esse movimento e como esse fenômeno se explica no cenário de crise do chamado novo sindicalismo, a partir da análise dos elementos de continuidade e descontinuidade dessa retomada, por meio da apropriação de uma reflexão histórico-bibliográfica e da análise dos dados coletados mediante questionários aplicados a assistentes sociais, representantes dos conselhos e entrevistas com as diretorias dos sindicatos, da Federação Nacional dos Assistentes Sociais (FENAS) e do Conselho Federal de Serviço Social (CFESS). A obra se propõe reler as reflexões sobre a trajetória política de organização política da categoria nos anos 1970- 2000, isto é recuperar o contexto histórico de criação dos sindicatos, extinção dos sindicatos no contexto de construção do novo sindicalismo e o processo de reabertura no bojo do debate da reforma sindical do governo de Lula da Silva, como estratégia da FENAS para assegurar a representatividade da categoria em espaços e fóruns de decisão e negociação, com o intuito de contribui com o debate e com as indagações postas do debate histórico do novo sindicalismo brasileiro e sua “transitoriedade inconclusa no Serviço Social”, como forma de deixar um legado para as novas gerações sobre a construção de um determinado projeto profissional que, diante de cenário de desconstrução do novo sindicalismo, propugna o fortalecimento das lutas particulares, respaldada na reforma sindical de Lula da Silva, que fortalece uma consciência sindical em detrimento de uma consciência de classe. Por seu conteúdo marcante este livro torna-se uma excelente fonte de consulta para revisitar a trajetória política da organização dos assistentes sociais na perspectiva de entender os tempos históricos.