Das memórias de dor linda ao Parangadinkra: encruzilhando pretagogia e currículo na educação básica na periferia de Fortaleza
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Das memórias de dor linda ao Parangadinkra – encruzilhando pretagogia e currículo na educação básica na periferia de Fortaleza
Das memórias de Dor Linda ao Parangadinkra: encruzilhando Pretagogia e currículo na educação básica da periferia de Fortaleza são tessituras de Dor e Amor, escrevivências de criação da vida, de criação de muitos mundos possíveis. De encantamento.
As escrevivências de Dor Linda são as linhas que bordam este livro e, a partir delas, Ventura mergulha em seu próprio corpo para que os saberes tecidos em suas vivências transbordem em suas escrevivências, que são implicadas em inspirar a construção de uma educação plural, diversa, antirracista e enraizada. Educação afrorreferenciada implicada em aprender/ensinar desde dentro, contando a nossa própria história. Escre-vivendo — como nos ensina Conceição Evaristo!
O enraizamento é escuta e encantamento por nossa ancestralidade… esse é o caminho de Ventura… aventurar-se a ouvir sua própria intimidade (história de si e de tantos eus que tecem o seu ser, a ancestralidade que o habite). Tecer nosso ser-tão só é possível quando escutamos e nos encantamos com nossa ancestralidade! Enraizar-se é tecer e ser nossa própria ancestralidade, ouvindo-a, agindo desde/com nosso pertencimento! Ancestralidade é pertencer! É o movimento Sankofa! Sanko¬ar…
Enraizamento é escre-viver desde lugares a pessoas que alimentam e tecem nossas experiências, é a partir desses lugares que este livro é tecido, como Ventura diz: “Lugares e pessoas alimentaram a minha busca por experiências que signi¬ficaram e ressignifi¬caram o afrorreferenciamento da minha práxis educativa, enquanto educador e pesquisador preto”.
Penso que este livro, tecido por um corpo sankofa, é inspiração para a efetivação do ensino de História e Cultura Africana e Afro-Brasileira em nossas escolas e universidades. É inspiração para a transformação e o transformar, pois pensa na formação efetiva e afetiva não apenas do corpo discente, mas também do corpo docente! Corpo, pois Ventura convida-nos a sermos de corpo inteiro, sanko¬ando e encantando nosso ser estar no mundo! Nosso corpo é memória viva, é produtor de conhecimento.
Que a encruzilhada própria da ancestralidade, do encantamento, da pretagogia seja fonte, guia de nossas produções didáticas e transformação de currículos… a periferia é centro de pertencimento e encantamento da/com a vida! Precisamos ouvi-la e potencializar suas muitas vozes… é preciso alimentar, acordar a “alegria do pensar”, do aprender, do ser, do estar!
Especificação: Das memórias de dor linda ao Parangadinkra: encruzilhando pretagogia e currículo na educação básica na periferia de Fortaleza
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