Problemas contemporâneos: economia, sociedade, relações internacionais

Problemas contemporâneos – economia, sociedade, relações internacionais

Problemas contemporâneos: economia, sociedade, relações internacionais.
Podemos dizer, sem qualquer receio de recorrer a um adjetivo forte, que esta obra constitui um trabalho “precioso”. O título do livro é o enunciado de uma frente de trabalho desafiadora, remetendo ao tratamento de questões em dimensões vitais para a compreensão do
que envolve, condiciona e acaba por definir não só nossas vidas, mas o destino da humanidade – a economia, a sociedade e as relações internacionais. Há algo mais importante que o homem? É claro que não, a não ser na perspectiva do neoliberalismo e da extrema direita, tecelões parceiros da desesperança. Em seus 16 capítulos, problemas afetos a cada uma daquelas dimensões são apresentados e tratados com referenciais teóricos consistentes, comprometidos com a historicidade e com a perspectiva crítica, no sentido de revelar a essência dos fenômenos. A análise de temas como o neoliberalismo,
educação, desigualdade, democracia e desenvolvimento, além da abordagem de outras questões focadas em fenômenos de extrema importância como a moral na ciência econômica, o capital social, a economia política brasileira, a democracia cubana, entre outros, conforma mais de 300 páginas de, como já disse, um precioso texto, enriquecedor e, porque não dizer, encorajador, na medida em que contribui para trazer a luz na interpretação dos fenômenos, o que é fundamental para orientar nosso posicionamento perante eles e os nossos esforços na busca de contribuir na transformação do que precisa ser superado. Por fim, não podemos deixar de registrar a qualidade acadêmica dos autores, bem como o engajamento e o compromisso desses militantes, não de um partido ou alguma associação, mas de uma causa, que é a construção de uma sociedade mais justa, na qual o homem esteja presente não apenas como predicado, mas que lhe sejam dadas oportunidades para alcançar a condição de sujeito do processo.
Antônio Carlos de Moraes
Professor Titular da PUC-SP