O controle pulsional na teoria freudiana e a lógica da suplementaridade:
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O controle pulsional na teoria freudiana e a lógica da suplementaridade –
Como pensar a natureza conflitiva da dimensão psíquica do ser humano, movido pelo clamor de satisfação de exigências interiores desconhecidas de si mesmo e pela imposição de sua renúncia pela vida em sociedade? O que velhos e conhecidos textos de Freud teriam a nos dizer a respeito da oposição pulsão (id)/razão (ego), se sua leitura assumisse as heterogeneidades, tensões e ambiguidades presentes no conjunto de sua obra? A chave para semelhante leitura é encontrada no conceito de différance de Derrida e designada como uma lógica da suplementaridade. Essa lógica permite repensar os pares de oposição, de sorte que se evitem tanto a neutralização das oposições binárias com a simples negação das diferenças entre os polos do dualismo como a acomodação na lógica identitária que consolida as diferenças no campo fechado das meras oposições. Pois, em um e outro caso, o que se perde é o caráter tenso e tensionante da organização conflitiva do aparelho psíquico. Embora Freud tenha sido pesquisador incansável da origem da vida psíquica, da experiência inaugural, seus textos não deixam de anunciar a necessidade de ultrapassar as fronteiras impostas ao pensamento pela metafísica da presença – o que é deve ser dado como presença em um aqui e agora. Dar visibilidade às operações de controle pulsional implicadas no processo de formação do aparelho psíquico (pensamento, recalcamento e narcisismo) é o alvo deste livro. E da explicitação freudiana do modo de constituição e de funcionamento do aparelho psíquico deriva a justificativa teórica para a posição ambivalente de Freud diante da questão do controle pulsional.
Especificação: O controle pulsional na teoria freudiana e a lógica da suplementaridade:
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