Os lugares dos negros na imagética de Militão: distinções semióticas
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Os lugares dos negros na imagética de Militão – distinções semióticas
O livro Os lugares dos negros na imagética de Militão: distinções semióticas problematiza a imagem do ser negro nas fotografias do intérprete Militão Augusto de Azevedo, geradas entre 1865 e 1885, questionando o lugar social desses sujeitos interpretados em sua produção imagética e na sociedade. Toma-se como interpretante a temática marginal do sistema escravista no Brasil, em diálogo com as teorias semióticas de Umberto Eco em seu Tratado Geral de Semiótica (1980). A análise busca compreender as imagens fotográficas que registraram a presença e ausência dos negros nas várias dimensões socioculturais, no contexto de modernização técnica e tecnológica da produção imagética fotográfica. Mas, também, no contexto de mudanças nos padrões de comportamento da sociedade, influenciados pela legislação imperial, políticas e práticas cotidianas registradas de diferentes modos e perspectivas e manifestadas no exercício das condições impostas, a africanos e descendentes escravizados, libertos e livres, pelo sistema escravista brasileiro no período recortado. Discute-se, na produção imagética do fotógrafo os temas, as formas e a composição fotográfica, além de sua estrutura estética e política em que se constituem as imagens do ser negro no Brasil voluntária e involuntariamente. Refletindo sobre os lugares sociais, o universo do trabalho e as identidades e identificações fluidas dos seres apresentados e representados nessas imagens. Parte-se dos estudos da cultura visual para se pensar as imagens fotográficas como uma possibilidade de leitura do mundo visível e não visível, dos seus processos e dos seus problemas. Dessa forma, analisam-se as séries imagéticas como um código sígnico que vela e desvela os percursos históricos em que se exclui e se insere o ser negro.
Especificação: Os lugares dos negros na imagética de Militão: distinções semióticas
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