Clínica de (um) aprender: Autorias em Devir:
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Clínica de (um) aprender: Autorias em Devir –
Esta obra aborda situações do exercício clínico e docente em Psicopedagogia, cuja trajetória, marcada por instigações sobre a aprendizagem, foram, propositalmente, postas em contato com a Filosofia da Diferença. Nesse lugar passa a ser dita no infinitivo – aprender –, conquistando uma imanência própria da posição filosófica de Gilles Deleuze, em que aprender e vida estão em um mesmo plano. Essa ausência de hierarquia torna aprender: uma vida… não equivalente à aprendizagem, cognição, recognição, esvaindo-se de representação ou transcendência.
Aprender está no tempo como um acontecimento, em intensidade, convocando o pensamento à errância e à busca desse tempo perdido. Busca que conclama o lugar do testemunho: viveres mudos/emudecidos buscando sua potência, instaurada, paradoxalmente, por uma reivindicação do poder de não aprender.
É nesse meio que se quer saber de autoria. Encruzilhada onde o desaparecimento do autor e o gesto deixando marcas nos acerca de Foucault e de Agamben. Em meio à ação de produzir se faz um autor, seu gesto faz coexistir um escrevente e palavras. Tal inflexão mostra uma autoria como processo em que um devir-autor espera tornar-se ponte a uma obra por vir.
Eis uma obra aberta, disponível aos inquietos, aos que se autorizam à multiplicidade, à mescla da arte. Aqui, intercessores literários ou de pessoas comuns tornam-se dispositivos de invenção para muitas clínicas. Aqui, a senhora Dalloway (Woolf), Paula, Karla e outras mulheres contam e escrevem em entretextos cenas entre um aprender e um aprender-não, evidenciando seus gestos.
Submergir e emergir é o ethos de um autor. Sua casa sempre chamada à provisoriedade. Seu gesto garante a obra pelo reatamento de fios soltos, por sua presença nas bordas inexpressas da obra e, sobretudo, pela possibilidade de ser testemunho de sua ausência, do ser jogado, do jogar-se e do jogar.
Especificação: Clínica de (um) aprender: Autorias em Devir:
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