Maneirismo: a crise da Renascença e o s
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Maneirismo: a crise da Renascença e o s
O desenvolvimento do Maneirismo assinalou uma ruptura das mais profundas na história da arte, e sua redescoberta envolve uma ruptura análoga em nossos dias. Na verdade, a crise que levou o mundo moderno a aceitar o Maneirismo foi mais profunda do que a crise do Renascimento, que lhe deu origem. O Maneirismo marcou uma revolução na história da arte e criou padrões estilísticos inteiramente novos; e esta revolução consistiu no fato de que pela primeira vez a arte se afastou deliberadamente da natureza.’As origens da arte moderna ligam-se inequivocamente à revolução descrita por Arnold Hauser em seu livro essencial para a avaliação da amplitude deste movimento. Expressionismo, Surrealismo e Arte Abstrata, entre outras correntes, prepararam retrospectivamente uma nova compreensão do Maneirismo. E a revalorização daí decorrente importou em uma guinada ainda mais violenta no rumo da história das ideias do que a provocada pela convulsão do quadro renascentista, em cujas fendas floresceu a visão maneirista. Tratando do problema em todas as suas variações históricas e temáticas, sem omitir qualquer das áreas onde o fenômeno se apresentou. Arnold Hauser, como sempre em suas obras, não se restringe à história da arte. Na Primeira Parte, além de o panorama científico e cultural, as mudanças sociais e econômicas, os movimentos religiosos e as ideias políticas que geraram a nova posição artística, analisa ainda o papel que nela tiveram fatores como o narcisismo e a alienação. Na Segunda Parte, traça a história do movimento maneirista na Itália e em outros países, considerando não apenas as obras específicas, com a ajuda de 322 reproduções, mas também as principais figuras da literatura no Maneirismo na Itália, Espanha, França e Inglaterra. Na Terceira Parte, estabelece um paralelo com a arte e a literatura, de Baudelaire a Kafka, fixando as repercussões hodiernas da Maneira, como concepção, visão e expressão.
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