Educação física escolar e ditadura civil-militar no Brasil (1968-1984): entre a adesão e a resistência e outros estudos

Educação física escolar e ditadura civil-militar no Brasil (1968-1984) – entre a adesão e a resistência e outros estudos

“Ao me dedicar a compreender o que fazia professores escolares agirem como agiram em um contexto autoritário, deparei-me com uma polifonia de perspectivas em relação ao que teria significado a ditadura civil-militar para aqueles educadores, homens e mulheres. Da indiferença quase completa ao autoritarismo do regime da época, passando pela sua negação e, mais raramente, por elogios às suas realizações, emanava da fala dos professores certa nostalgia para com um tempo que teria sido melhor. Em alguns casos, eram feitas claras considerações sobre os costumes e a sua “degenerescência” para justificar esse tipo de passadismo. Apenas muito tempo depois me dei conta de que muitos daqueles professores projetavam na dimensão moral o lugar da política. Recuperar a fala desses professores foi um exercício vivificador, uma vez que teimamos em esquecer que experiências são sempre polissêmicas, e que, para o bem de uma sociedade plural, é preciso compreender o que está por trás das formas de pensar, sentir e agir de homens e mulheres comuns.” – Marcus Aurelio Taborda de Oliveira