Memórias de Marta:
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Memórias de Marta –
Memórias de Marta, o primeiro romance de Júlia Lopes de Almeida, foi inicialmente publicado em capítulos na seção Folhetim na extinta Tribuna Liberal do Rio de Janeiro, entre 3 de dezembro de 1888 e 18 de janeiro de 1889, a segunda vez, no ano de 1899, em uma edição da Casa Durski de Sorocaba, a terceira publicação aconteceu entre 1925 e 1932, pela Livraria Francesa e Estrangeira Truchy-Leroy, de Paris. A edição de 2020 da Delirium editora é basicamente o texto mantido quase sem modificação — apenas com algumas alterações de ortografia e gramática, para adequação ao acordo ortográfico de língua portuguesa em vigor desde 2009 — da edição publicada pela Livraria Francesa e Estrangeira Truchy-Leroy. A edição ainda contém imagens, fotografias antigas do Rio de Janeiro e cinco artigos no final do livro, os quais ajudam a situar o leitor no final do século XIX.
Como o próprio título entrega, o livro, narrado em primeira pessoa, conta a história de Marta. A maior parte da trama desenvolve-se dentro de um cortiço, tendo como cenário principal a Capital do Império à época, o Rio de Janeiro. Quando criança, a protagonista perde o pai, e, com isso, a mãe, também chamada Marta, é forçada a trabalhar como engomadeira, para sustentá-las. O dinheiro recebido com esse serviço é pouco e obriga ambas a viverem em um cortiço. Marta sente a aversão pelo lugar, que é úmido, fétido, perto de um matadouro. Ela almeja sair do cortiço, pelo asco, pela ojeriza e para fugir da humilhação da pobreza, e isso será possível a partir do momento em que entra para a escola e conhece a sua professora, D. Aninha.
O relato, que relembra sua sofrida trajetória e a busca por melhores condições de vida para ela e para sua mãe, é mais que uma procura por felicidade, carinho, realização de sonhos improváveis e aceitação de uma existência, às vezes tediosa, sem amor, riqueza ou luxo; é também a valorização da sua posição de independência e da capacidade feminina de superar desafios.
Especificação: Memórias de Marta:
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