Eu, tu e o comboio:
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Eu, tu e o comboio –
A coleção Ponte Velha, publicada pelo selo Escrituras com o apoio do governo de Portugal – Secretaria de Estado da Cultura e Direção-Geral do Livro e das Bibliotecas (DGLB), apresenta Eu, tu e o comboio, do escritor português Manuel de Almeida e Sousa.Segundo o autor, “estas peças teatrais (apresentadas neste livro) são experiências em forma de escrita dramática; são mesmo cartas, mensagens, mensagens (teatrais) que resumem o ambiente de pesquisa e experiência estética vivido.”Ao privilegiar texto/imagem, Sousa retira ou renuncia ao teatro dominado e violado pelo texto – há aqui um mergulhar na mais profunda alquimia da palavra (ou, por vezes, no seu total esquecimento) e, também, a preservação dos mais sagrados princípios do rito teatral. Aquele rito que veicula uma energia atuante no “objeto” a que se destina – o espectador. De realçar a exploração de valores vocais. O aparelho “fonador” é, aqui, a alma do possível espetáculo, a individualidade no seu percurso glorioso através de figurantes, muitas vezes caóticos. O ruído é o pano de fundo, o elemento não articulado, fatal e determinante para que resulte uma ação poética, onde o antagonismo entre a voz e o mundo é fato.O texto/imagem (story board) é composto a partir de vivências, experiências e aproveitamento de textos (não necessariamente teatrais), sinais e outros motivos que possam formar uma textualização viva e dinâmica. O que poderá dar origem, enquanto linguagem, a uma série de situações – de risco, de respeito, de estranheza – que muitas vezes subvertem a própria ideia do ato. E esse “estado” caótico, anárquico, é desejável – sobretudo ao longo do esboço da arquitetura-encenação, verdadeiro ato de pesquisa e construção do espetáculo.
Especificação: Eu, tu e o comboio:
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