Adinkra – Sabedoria em símbolos africanos:
R$68.00
Adinkra – Sabedoria em símbolos africanos –
Adinkra – Sabedoria em símbolos africanos reúne os ideogramas da escrita da civilização asante, cujo povo habita o território que hoje chamamos de Gana. Em um universo filosófico e estético baseado no corpo humano, figuras de animais, plantas, astros e outros objetos, os desenhos incorporam, preservam e transmitem aspectos da história, filosofia, valores e normas socioculturais dessa rica cultura africana.
O livro apresenta mais de 80 símbolos acompanhados por significados, provérbios e simbologia originais. Mais do que uma homenagem a essa ancestralidade, a obra ajuda a fundamentar uma nova articulação da identidade brasileira.
Como celebra o escritor, compositor e cantor Nei Lopes, em texto para o volume, “E assim como o kra é muito mais que a “alma”, um adinkra é muito mais que um símbolo gráfico. Então, através deste belo acervo, reunido e redesenhado por Elisa Larkin e Luiz Carlos Gá, em momento tão oportuno, a África parece vir dizer aos que a menosprezam e humilham, depois de tudo o que dela já fruíram, este provérbio acã: ‘Se a floresta te abriga, não a chame de selva’”.
A edição conta ainda com o prefácio do professor, historiador e cientista político ganês Anani Dzidzienyo e um ensaio da pesquisadora e artista plástica Renata Felinto sobre os adinkra e os paradigmas não europeus de registro das historicidades.
Trechos
“Ao trazer os adinkra ao leitor brasileiro e latino-americano, os organizadores deste volume nos propiciaram um recurso exemplar que muito contribuirá para fertilizar o terreno da consciência sobre as cosmovisões da África continental e o seu significado para o Brasil e para as sociedades do hemisfério americano. Este começo assinala boas perspectivas para uma nova apreciação da arte e da filosofia africanas no Brasil. Aqui temos um volume acessível que deve oferecer alimento para o intelecto e para os olhos.” (Anani Dzidzienyo)
“O ideograma Sankofa remete à missão e ao momento de recuperar a dignidade humana desses povos. Espalhados pelo mundo, africanos e seus descendentes se reconhecem herdeiros de uma civilização que engendrou a escrita, a astronomia, a matemática, a engenharia, a medicina, a filosofia e o teatro. O conhecimento e o desenvolvimento permeiam a história da África, em sistemas de escrita, avanços tecnológicos, estados políticos organizados, tradições epistemológicas.” (Luiz Carlos Gá)
Sobre os organizadores
Elisa Larkin Nascimento, mestre em direito e em ciências sociais pela Universidade do Estado de Nova York e doutora em psicologia pela USP (Universidade de São Paulo), dirige o Ipeafro (Instituto de Pesquisas e Estudos Afro-Brasileiros). Idealizou e organizou o curso “Sankofa: Conscientização da cultura afro-brasileira” na PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo) e na Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro). É curadora do acervo de Abdias Nascimento e autora de O sortilégio da cor (2003) e Sankofa: Matrizes africanas da cultura brasileira, 4 vols. (2008-2009).
Luiz Carlos Gá é artista plástico, bacharel em design gráfico pela Escola de Belas Artes da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro). Foi professor de design gráfico na Escola de Artes Gráficas do Senai, na Escola de Belas Artes da UFRJ, nas Faculdades Integradas Silva e Souza e na Universidade Estácio de Sá. Integra várias organizações do movimento social afro-brasileiro e foi presidente do Conselho Executivo do IPDH (Instituto Palmares de Direitos Humanos).
Sobre os outros autores colaboradores:
Nei Lopes é escritor e compositor, além de bacharel em direito e ciências sociais e autor de várias obras sobre cultura e história afro-brasileiras, entre elas: Bantos, malês e identidade negra, Enciclopédia brasileira da diáspora africana, Novo dicionário banto do Brasil e O racismo explicado aos meus filhos. Em 2005, foi agraciado com a Ordem do Mérito Cultural, do MinC, no grau de comendador, e com o Prêmio Tim de música popular como intérprete do “melhor disco de samba”. No ano seguinte, foi focalizado em edição especial da revista dominical do jornal O Globo como “um dos 100 brasileiros geniais”.
Renata Felinto é artistas visual, pesquisadora e professora. Doutora e mestra em Artes Visuais pelo Instituto de Artes da UNESP e especialista em Curadoria e Educação em Museus de Arte pelo Museu de Arte Contemporânea da USP. É professora adjunta da Universidade Regional do Cariri/CE, líder do Grupo de Pesquisa NZINGA – Novos Ziriguiduns (Inter)Nacionais Gerados na Arte e integrante da Associação Brasileira de Críticos de Arte. Vencedora do 3o Prêmio Select de Arte e Educação do PIPA PRIZE 2020 tendo participado de exposições no Brasil e no exterior.
Anani Dzidzienyo (1941-2020), historiador e cientista político ganês, foi um dos primeiros pesquisadores africanos especializados no Brasil. Lecionou no Departamento de Estudos Luso-Brasileiros da Universidade Brown, nos Estados Unidos.
Especificação: Adinkra – Sabedoria em símbolos africanos:
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