Caixa Gonzalo Unamuno:
R$165.80
Caixa Gonzalo Unamuno –
Alguns atos são irreversíveis.
Na melhor tradição de Ernesto Sabato, Ariel Magnus, Patricia Highsmith e Raymond Chandler, Unamuno traça, nesses livros, a “anatomia de um misógino”, desde suas origens até o cometimento de seu terrível ato final — um atentado hediondo contra a mulher com quem se relaciona. Narrados com a crueza que marca a literatura latino-americana contemporânea, os livros de Unamuno são, ao mesmo tempo, um exercício de gênero e um estudo de personagem na medida em que exploram de modo literário temas como solidão, autodepreciação, comportamento obsessivo e a necessidade de pertencimento. Com tradução de Mauricio Tamboni, que recupera a dicção caótica da prosa de Unamuno, e artes de Vinícius Alves, que homenageiam o decadentismo setentista argentino e a estética neo-dada de David Carson, os livros reunidos nesta caixa confirmam Unamuno como uma das vozes mais singulares da literatura argentina atual.
PARA ACABAR COM TUDO (128 p.)
Em PARA ACABAR COM TUDO, um homem que vive num apartamento decadente e sujo em Buenos Aires expõe sua visão de mundo num discurso explosivo, melancólico e violento enquanto tenta lidar com a morte iminente da mãe, a recaída no vício e o trabalho medíocre de jornalista freelance. Escrito em reverso, como uma espécie de IRREVERSÍVEL, de Gaspar Noé, o livro expõe sem concessões as dores metafísicas e espirituais, os abismos e paradoxos do homem no início do século 21. Sua ironia ácida e labiríntica, que em vários momentos reverbera (ou quase reprisa) trechos dos monólogos de Travis Bickle em TAXI DRIVER, investe contra as pretensões do individualismo que forjou a geração que foi jovem no início dos anos 2000. O protagonista, Germán Baraja, é uma espécie de “homem do subsolo”, e experimenta uma aversão ao que enxerga como decadência urbana e política. Ele também se sente profundamente humilhado em relação à sua própria posição, e suas relações sociais vão escalando até culminar em um colapso que se reflete na linguagem torrencial e nas reações violentas cujo único propósito parece ser a pulsão de morte, a vontade de acabar com tudo.
LILA (136 p.)
Em LILA, Unamuno nos leva a um território obscuro e perturbador, onde a perversidade humana se manifesta em sua forma mais extrema.
A trama gira em torno da relação abusiva de Baraja com Lila, a filha de um diplomata com um futuro promissor nas relações exteriores, mas que tem sua trajetória brutalmente interrompida quando anuncia que está grávida. Através de uma narrativa não linear, vamos aos poucos sendo apresentados à história de Lila e a alguns momentos da infância conturbada de Germán.
Porém, ao contrário do suspense tradicional, onde o mistério paira sobre o crime e o culpado, Unamuno revela logo de início a identidade do assassino: o próprio Germán. E, ao inverter a lógica esperada, abre mão da catarse de um clímax para mergulhar na mente de um psicopata integrado e narrar, com detalhes por vezes perturbadores, a anatomia de um misógino e a origem de seu mal.
“Um romance trepidante.” — Gabriela Cabezón Cámara
O devir contínuo de um psicopata que não encontra limites em sua crueldade.” — Adela Sánchez Avelino, Infobae
“A anatomia de um misógino.” — Adriana Santa Cruz
“Um retrato do desencanto na sociedade moderna.” — La Nación
“Obscuro, claustrofóbico e anárquico.” — Página/12
Especificação: Caixa Gonzalo Unamuno:
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